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Polícia identifica mulher morta na cracolândia como suspeita de chefiar PCC

Análise de impressões digitais permitiu a identificação de Adélia Batista Xavier, 30

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São Paulo

A mulher morta após ter sido baleada durante confronto na cracolândia (região central de São Paulo) na última quinta (9) era suspeita de ser uma das chefes do tráfico do local, ligada ao PCC, segundo investigação da polícia e denúncia do Ministério Público.

Natural de Esplanada (BA), cidade de pouco mais de 30 mil habitantes no litoral baiano, Adélia Batista Xavier foi identificada pela Polícia Civil na noite desta sexta-feira (10), data em que completaria 31 anos.

Adélia foi detida pela Guarda Civil Municipal em julho de 2017, após ter sido reconhecida por uma guarda-civil enquanto andava pela alameda Cleveland, próximo ao local onde foi baleada na última quinta. Com ela, segundo a denúncia, foram encontradas anotações de contabilidade “típicas de tráfico de drogas”.

 

Na época, investigações do Denarc (Narcóticos) apontavam Adélia como “organizadora da disciplina dos demais traficantes, que estavam sob sua subordinação”. O cargo de disciplina é um dos de maior importância no PCC e é responsável pela definição de castigos que podem incluir até a morte.

Além de Adélia, a denúncia do MP cita outros 16 acusados de organização criminosa para venda de drogas na região central de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o comércio de drogas era controlado por criminosos do PCC, parte deles presos durante operação em 2017.

Como Adélia usava um documento de outra pessoa quando foi socorrida, sua verdadeira identidade só foi desvendada graças ao exame datiloscópico, realizado a partir das impressões digitais, que depois são confrontadas com o banco de dados da Polícia Civil.

Ela foi atingida por um tiro na têmpora durante confronto entre criminosos infiltrados entre usuários de drogas e guardas municipais que auxiliavam no serviço de limpeza no local.

De acordo com testemunhas, uma pessoa de dentro do fluxo (aglomeração de usuários de drogas e moradores de rua) disparou contra os agentes municipais quando esses tentavam desarmar uma barraca, geralmente usada para venda de drogas. Os agentes teriam revidado os tiros.

Adélia foi encontrada caída no chão e foi levada para a Santa Casa com parada cardiorrespiratória. Ela morreu naquela noite, na véspera de seu aniversário.

Segundo o delegado Milton Coccaro, responsável pela investigação, somente com auxílio de exames periciais será possível dizer de onde partiu o disparo que a feriu a mulher.

Adélia chegou a ser identificada erroneamente no boletim de ocorrência porque nele foi registrado o documento roubado que estava com ele a pertencia a uma personal trainer que havia sido assaltada um dia antes perto da cracolândia.

 

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