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Defesa diz que ação de PMs conseguiu evitar tragédia ainda maior em Paraisópolis

Perseguição policial terminou com nove pessoas mortas e 12 feridas; governador diz que procedimentos irão mudar

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São Paulo

A defesa de parte dos policiais investigados pela morte de nove pessoas em baile funk em Paraisópolis, zona sul da capital, divulgou nota nesta sexta (6) na qual isenta os PMs de responsabilidades na tragédia, de forma “direta ou indireta”, e, mais, diz que o quadro só não foi pior graças, justamente, ao trabalho desses homens.

“Em verdade, a meu ver, a conduta dos policiais —cujas imagens que estão sendo veiculadas, em sua grande maioria, não dizem respeito ao dia do episódio—​, serviu em grande medida para acautelar a ocorrência e evitar tragédia maior”, diz trecho da nota assinada pelo advogado Fernando Capano, que defende seis policiais militares da Rocam (motos).

Na nota, o advogado atribui mortos e feridos aos criminosos que, de moto, teriam atirado contra os PMs, e, também, aos organizadores do evento e ao poder público que permitiram tamanha aglomeração de pessoas em um local inadequado para eventos.

“Neste contexto, há de se perquirir (investigar) também acerca da responsabilidade dos organizadores desse tipo de evento que, reunindo grande multidão e sem cumprir minimamente as regras e posturas municipais de ocupação do espaço público, expõe seus frequentadores a grande risco”, diz a nota que continua.

“Também causa espécie a ausência de qualquer fiscalização do poder público municipal que, de modo preventivo, poderia tutelar e organizar esse tipo de evento, evitando tragédias desta natureza, causadas por grandes aglomerações desorganizadas e em local físico impróprio.”

Ao todo, 38 policiais militares estão sendo investigados pela Corregedoria e Polícia Civil de São Paulo pela participação nessas nove mortes e 12 feridos.

Procurado, o governo paulista vem afirmando que “todos os fatos relacionados estão em apuração através de inquérito policial militar para entendimento da dinâmica dos fatos e responsabilização envolvidos.

Os dados da investigação seguem o sigilo imposto pelo artigo 16 do Código de Processo Penal Militar.”

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