Arma de Tite, defesa da seleção só levou gol de bola parada

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Além da excelente fase do ataque, que já marcou 21 gols, o Brasil de Tite também não faz feio na defesa.

Nesta terça-feira (28), diante do Paraguai, no Itaquerão, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, o treinador vai fazer apenas uma mudança no setor. Ele vai colocar Fagner no lugar de Daniel Alves, suspenso.

Desde que o treinador assumiu o cargo há nove meses, a seleção sofreu apenas dois gols, com média de 0,28 por partida.

Em sete jogos na competição, o time ainda não sofreu gol de bola rolando dos jogadores adversários.

O primeiro tento sofrido pelo time nacional foi na apertada vitória sobre a Colômbia, por 2 a 1, em setembro. Na ocasião, Marquinhos tentou cortar a cobrança de falta de James Rodrigues e fez contra.

O segundo foi na quinta (23), quando Cavani, de pênalti, abriu o placar da goleada, de virada, diante do Uruguai, por 4 a 1, em Montevidéu.

Mesmo com a boa fase do time de Tite, a defesa atual dificilmente será a melhor da seleção na história das eliminatórias desde que o torneio começou a ser disputado por pontos corridos.

Por causa do início pífio do time de Dunga, o setor já levou 10 gols no total —média de 0,76 gol por partida. Antes da contratação de Tite, o Brasil foi vazado oito vezes em seis partidas —1,33 tento por jogo.

Até agora, a melhor defesa do Brasil em todas as edições do torneio neste modelo longo de disputa foi a da equipe comandada por Dunga na sua primeira passagem pela seleção.

Nas eliminatórias da Copa da África, o time sofreu apenas 11 gols nas 18 partidas —média de 0,61 por jogo.

Titular em todas as partidas, o zagueiro Marquinhos diz que a baixa média de gols sofrido pela seleção com Tite se deve ao comprometimento de todos os titulares.

"A gente vem bem, mas quando respondo essa pergunta eu exalto o coletivo. Não só os zagueiros defendem, mas sim o time todo. Neymar, Coutinho e Firmino fazendo pressão. Casemiro, Paulinho e Renato ajudando. O coletivo nos ajuda muito ali atrás", afirmou o zagueiro do Paris Saint Germain, que começou a carreira no Corinthians.

Crédito: Ernesto Benavides/AFP Zagueiro Marquinhos durante confronto contra o Peru pelas eliminatórias da Copa do Mundo

POUCAS MEXIDAS

Antes de escalar Fagner no lugar de Daniel Alves, suspenso, Tite mexeu apenas na lateral-esquerda nas eliminatórias. Filipe Luís entrou três vezes na vaga de Marcelo. Em duas ocasiões, Marcelo estava machucado. Na outra, o lateral do Real Madrid cumpria suspensão. Já a dupla de zaga sempre foi formada por Marquinhos e Miranda.

Com 30 pontos no torneio, a seleção pode se classificar nesta noite. Para isso, precisa vencer em Itaquera e torcer por torpeço do Chile e do Equador na rodada desta terça.

Os chilenos vão enfrentar a Venezuela, em Santiago. O Equador vai jogar contra a Colômbia, em Quito.

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