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Bayern vence PSG, conquista Champions League pela 6ª vez e com 100%

Kingsley Coman, formado no rival, marca e decide o título para o time alemão

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São Paulo

Ninguém percebeu Kingsley Coman, 24, entrando na área pela esquerda. Sozinho, ele completou para o gol. O lance que decidiu a final da Champions League entre Bayern de Munique e Paris Saint-Germain é a explicação perfeita para a vitória alemã por 1 a 0 neste domingo (23), no Estádio da Luz, em Lisboa.

O PSG tem um ataque montado com 430 milhões de euros (Neymar, Mbappé e Di María). Chegou à final, em grande parte, apoiado em talentos individuais. O Bayern venceu com o jogo coletivo e graças ao gol do ponta francês, que havia sido reserva nas quartas de final, diante do Barcelona, e na semifinal, contra o Lyon.

Coman foi revelado pelo PSG, onde estreou como profissional aos 16 anos, passou pela Juventus e está no clube da Bavária desde 2015.

O Bayern de 2020 é o primeiro time da história da Champions League a ser campeão com 100% de aproveitamento. Foram 11 vitórias consecutivas, 7 delas com goleadas.

Pelo formato do torneio, o vencedor costuma entrar em campo 13 vezes, mas por causa da pandemia da Covid-19, a Uefa determinou que, a partir das quartas de final, as vagas fossem decididas em jogo único, sempre na capital portuguesa.

Em equipe que tem como nomes irrefutáveis Manuel Neuer no gol e Robert Lewandowski no ataque, o time alemão usou a força do seu elenco para ser campeão. O cruzamento para o gol de Coman foi feito por Joshua Kimmich, um volante que também atua pela ala e que deixou no banco Benjamin Pavard, lateral direito campeão do mundo com a seleção francesa em 2018.

É o sexto título do Bayern na história da competição, que antes de 1992 se chamava Copa da Europa. Passou a ser o terceiro mais vitorioso, ao lado do Liverpool. Está atrás de Real Madrid (13 troféus) e Milan (7). A sua última conquista havia sido em 2013, quando derrotou o Borussia Dortmund com três titulares que estiveram em campo neste domingo: Neuer, Thomas Müller e Alaba.

Kingsley Coman comemora o seu gol que decidiu o título da Champions League - Manu Fernandez/AFP

O conjunto foi tão preponderante na temporada que Müller atuou na decisão mais como meia do que atacante. Boateng, um dos pilares da defesa, saiu lesionado ainda no primeiro tempo. Seu substituto, Niklas Süle, foi um dos melhores em campo.

O Bayern dominou o segundo tempo mas, antes disso, o Paris Saint-Germain poderia ter feito o primeiro gol. Neymar, como já havia acontecido nas quartas (diante da Atalanta) e na semifinal (RB Leipzig), teve pelo menos uma grande chance e falhou. Nas fases anteriores, os erros de finalização não fizeram falta no placar final. Neste domingo, sim.

Bem marcado, o brasileiro passou o resto da partida apagado, mas não foi o único a desperdiçar grandes oportunidades. Mbappé, a opção preferencial de passes para usar a velocidade no contra-ataque, também perdeu. Salvador diante da Atalanta ao fazer o gol do empate, o brasileiro Marquinhos apareceu sozinho diante de Neuer, mas não conseguiu marcar.

O jogo do PSG deu certo, em parte, porque o Bayern errava saídas de bola. Quando passou a acertar, tomou conta.

Não serve de consolo para os franceses, mas a derrota na final representa a melhor campanha da equipe na história do torneio. Nas duas temporadas anteriores, havia sido eliminada nas oitavas de final. Só havia chegado à semi uma vez, em 1995, antes da compra pela família real do Qatar, em 2011.

A campanha do clube francês e o título do Bayern foram tema de tuíte do presidente da França, Emmanuel Macron. "Parabéns ao Bayern pelo sexto título da Champions e ao PSG pela excepcional campanha. A hora da vitória chegará ao futebol francês", escreveu.

A derrota pode fazer reaparecer o interesse do Barcelona em contratar Neymar mais uma vez (ele defendeu o time de 2013 a 2017) e complica seu nome como possível candidato ao prêmio de melhor do mundo.

O favorito passa a ser o maior beneficiário do jogo coletivo e de passes curtos do Bayern do meio para frente: Robert Lewandowski. Apesar de ter passado em branco na decisão (acertou uma bola na trave), ele termina a competição como artilheiro. Anotou 15 gols.

O jogo marcou a despedida de Philippe Coutinho do Bayern. Único brasileiro campeão deste ano, ele está no clube por empréstimo e deve voltar ao Barcelona a pedido do técnico holandês Ronald ​Koeman. Pelo lado francês, foi a despedida do zagueiro Thiago Silva, na equipe desde 2012.

Sob o comando de um técnico novato, que até novembro do ano passado era conhecido apenas pela carreira como auxiliar na seleção alemã, o Bayern acabou com o jejum de sete anos no título que é sempre sua prioridade.

Hans-Dieter Flick, que assumiu como interino no final de 2019 e ganhou renovação de contrato por três anos, deu ao time um sentido de conjunto parecido com o da Alemanha campeã do mundo de 2014. Não por acaso, ele era assistente de Joachim Low naquela equipe.

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