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Abel Ferreira prega humildade e manutenção de estilo no Palmeiras

Técnico estreia nesta quinta e por enquanto não vê tempo para implementar suas ideias

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São Paulo

Vai levar algum tempo para o torcedor do Palmeiras conhecer o estilo de futebol que Abel Ferreira, 41, pretende implementar na equipe alviverde. O próprio técnico português disse que o calendário da bola no país não o permite fazer algo de imediato.

Apresentado nesta quarta-feira (4), na Academia de Futebol, o novo comandante afirmou que priorizará a busca por resultados positivos no início de sua trajetória no clube. Para isso, pretende manter o estilo de jogo que vinha sendo trabalhado pelo interino Andrey Lopes.

"Não me peçam para que, sem treinar, o meu time jogue como os meus times [jogavam]. Não me peçam isso, pois não há tempo", afirmou Ferreira, durante entrevista coletiva virtual. "Tenho que ser humilde para saber que estou chegando a um clube que quer ganhar, e que está a ter bons resultados."

Com Lopes no comando, o Palmeiras venceu 4 dos últimos 5 jogos (Tigre, Atlético-GO, Red Bull Bragantino e Atlético-MG) e perdeu apenas um, para o Fortaleza, este último no primeiro compromisso após a demissão de Vanderlei Luxemburgo.

O novo comandante do time paulista, que assinou vínculo contratual até o final de 2022, estreará nesta quinta-feira (5), diante do Red Bull Bragantino, às 19h, no Allianz Parque (SporTV e Premiere). Será o segundo duelo entre as equipes pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

No primeiro, com uma exibição que primou pela organização tática, defesa compactada e velocidade para contra-atacar, o time alviverde venceu por 3 a 1, o que lhe dá a vantagem de poder perder por até um gol de diferença para ficar com a vaga nas quartas.

Ferreira acompanhou esses jogos e disse que gostou do que viu. Segundo ele, as ideias trabalhadas por Lopes têm semelhanças com o estilo de treinadores europeus.

"Ele conhece muito bem os jogadores e o clube. Foi quem mais informações me passou. Tem ideias europeias, a forma como gosta de organizar o time. É um aliado, seguramente."

O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, durante treinamento na Academia de Futebol - Cesar Greco - 3.nov.20/Ag. Palmeiras

Quando anunciou a demissão de Vanderlei Luxemburgo, o presidente palmeirense, Maurício Galiotte, disse que seu objetivo era buscar um técnico que pudesse resgatar os conceitos de futebol que fazem parte da história do clube. Na visão do dirigente, os jogadores podiam render mais do que apresentavam.

Ferreira aceitou o desafio de dirigir o Palmeiras com esse objetivo, no entanto vê no calendário apertado um dos principais obstáculos para alcançar a meta. "Chega a ser desumano", reclamou. "É loucura ter dois meses com 18 jogos, mas ok, vamos encarar com seriedade, disciplina, comunicação."

Por enquanto, até o fim de dezembro, o time tem 12 partidas agendadas, sendo 10 pelo Brasileiro e duas pelas oitavas de final da Libertadores, contra o Delfin (EQU). Até o fim do ano, este número poderá chegar de fato a 18 partidas caso a equipe avance até a quartas do continental e semifinal da Copa do Brasil.

As semifinais e finais da Libertadores, assim como a decisão do mata-mata nacional estão previstas para janeiro e fevereiro.

Para minimizar o impacto do desgaste físico provocado pela sequência de partidas, o português quer ter, pelo menos, dois jogadores do mesmo nível técnico em cada posição.

Antes de pedir reforços, ele assegura que vai priorizar o aproveitamento de atletas formados na base alviverde. "O primeiro que temos que fazer é olhar pra dentro do clube e saber se tem alguém aqui que pode ocupar as exigências."

Questionado sobre a decisão de mudar de país em meio à pandemia do coronavírus, Ferreira disse que vai morar, inicialmente, nas dependências da Academia. Também demonstrou preocupação com o estágio atual da pandemia na Europa.

"A vida nos dá um sinal de que temos que parar um pouco e desfrutar das coisas simples. O mundo mudou radicalmente", afirmou. "Todos temos essa responsabilidade de ajudar uns aos outros. Tivemos de nos adaptar a isso. As coisas estão mal na Europa e aqui têm que melhorar."

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