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Seleção brasileira testa modelo de sufoco ao rival sem Neymar

Esquema funcionou no início das Eliminatórias, com o camisa 10 como peça importante

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São Paulo

Após uma vitória por 5 a 0 sobre a Bolívia e um triunfo por 4 a 2 contra o Peru, a seleção brasileira buscará dar sequência sem Neymar a seu bom início nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. O atacante está fora da partida contra a Venezuela, nesta sexta-feira (13), em São Paulo.

Ao que tudo indica, Tite voltará a adotar a estratégia que funcionou no começo do torneio classificatório, sobretudo na estreia, também na capital paulista. O desafio é fazer a engrenagem operar de maneira semelhante sem o camisa 10, em recuperação de lesão na coxa esquerda.

Elogiado por seu desempenho no início das eliminatórias, o atacante Richarlison deverá ser titular diante da Venezuela - Daniel Apuy - 13.out.20/Reuters

Enquanto o craque corre e tenta se colocar à disposição para o duelo com o Uruguai, na próxima terça (17), em Montevidéu, o treinador trabalha na formação que receberá os venezuelanos. A ideia é sufocar os visitantes no Morumbi, como foi feito em Itaquera com os bolivianos.

No início da caminhada da equipe ao Mundial do Qatar, Tite adotou um esquema diferente daquele que vinha sendo utilizado. Para furar as retrancas tão habitualmente vistas pelo time, escolheu uma estratégia ultra-agressiva, com cinco homens na frente nos momentos de ataque.

Sem ficar preso ao lado esquerdo, Neymar tinha liberdade para se juntar a Philippe Coutinho pelo meio e se aproximar do centroavante Firmino. Assim, liberava o espaço para o lateral Renan Lodi avançar e se comportar verdadeiramente como um ponta-esquerda, com Everton, depois Richarlison, na outra ponta.

O lateral direito Danilo, de característica bem menos ofensiva, juntava-se a Casemiro e a Douglas Luiz em uma linha central. Com Marquinhos e Thiago Silva posicionados atrás para frear eventuais contragolpes, a equipe tomava a forma de um 2-3-5.

Se é verdade que o adversário era muito frágil –a já limitada Bolívia se deu por derrotada e poupou vários atletas para tentar ganhar da Argentina na sequência, na altitude de La Paz, no que também fracassou–, o Brasil fez o que lhe cabia fazer. Houve domínio total, uma goleada sem sustos.

A equipe apresentou um desenho distinto –e também várias peças distintas– em relação àquela que conquistou a Copa América do ano passado. Não é um formato que pode ser utilizado em todo jogo, mas é aplicável em situações como a que se desenha nesta sexta.

“Essa situação é muito estratégica conforme a necessidade, o posicionamento do adversário, o que o jogo apresenta. É simples: a bola pode chegar a mais jogadores na frente, você abre espaços para acionar mais jogadores”, afirmou Tite.

A Venezuela mostrou na Copa América ser capaz de armar um sistema de marcação firme. O Brasil venceu a competição sem Neymar, também machucado na época, porém teve dificuldade em duelos com rivais fechados e ficou no 0 a 0 com os venezuelanos na primeira fase, ouvindo vaias.

A seleção do uniforme vinho também mudou bastante desde o torneio continental e, agora sob comando do português José Peseiro, começou as Eliminatórias perdendo para a Colômbia por 3 a 0, fora de casa, e para o Paraguai por 1 a 0, em casa. Não é difícil prever uma retranca em São Paulo.

Para desmontar o ferrolho, Tite terá de fazer algumas escolhas na escalação, já que também não pode contar com Casemiro e Philippe Coutinho. Allan briga com Arthur e Bruno Guimarães pela cabeça da área. Na meia, o posto deverá ser de Everton Ribeiro.

Na frente, é provável que uma das vagas ao lado do centroavante Firmino seja de Richarlison. A outra é disputada por Gabriel Jesus e Everton, com Vinicius Júnior correndo por fora. De qualquer maneira, o plano é sufocar o adversário e manter o aproveitamento de 100% nas Eliminatórias.

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