Siga a folha

Descrição de chapéu paralimpíadas

Carol Santiago amplia coleção de medalhas com ouro nos 100 m costas

Brasileira domina prova do começo ao fim e se iguala a Ádria Santos como a brasileira com mais triunfos paralímpicos

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Nanterre e Maceió

Carol Santiago conquistou o ouro na prova dos 100 m costas, na classe feminina S12 (com uma deficiência visual pequena). Com a conquista, a pernambucana se igualou a Ádria Santos, do atletismo, como a mulher brasileira com mais visitas ao topo do pódio em Paralimpíadas —cada uma tem quatro.

Ela fechou a prova em 1min08s23, à frente da ucraniana Anna Stetsenko (1min09s43) e da espanhola Maria Delgado Nadal (1min11s33), que completaram o pódio.

Carol Santiago durante sua bateria dos 100 m costas - Reuters

"Eu não tinha isso como meta, mas fico muito feliz. Ela [Ádria] é uma grande atleta, e poder fazer parte dos maiores atletas do Brasil é grandioso, é história para o nosso país", afirmou.

Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, uma condição congênita na retina que limita seu campo de visão. Ela praticou natação convencional até o final de 2018, quando passou a competir no esporte paralímpico.

Logo após a conquista, Carol estava querendo saber o tempo. Queria se certificar de que tinha sido suficiente para bater o recorde das Américas, um objetivo da nadadora. A meta foi alcançada.

"Tenho um respeito muito grande pelo nosso programa de treinamentos. Eu estava com alguns problemas nos fundamentos, e conseguimos resolver isso. Foi um trabalho grande para me deixar segura", disse.

Aos 39 anos, ela pode entrar no top 10 de medalhistas da história do Brasil. Ela ganhou cinco medalhas em Tóquio-2020, três de ouro, uma de prata e uma de bronze —justamente na prova que venceu hoje.

"Essa prova estava meio engasgada, porque fui bronze, mas nadei bem lá também", recordou. "Então, a minha ideia era vir aqui e fazer a minha melhor natação. Se isso fosse o suficiente para ganhar, seria satisfação completa. E foi o que aconteceu."

Na piscina, a pernambucana não tinha percebido que estava tão à frente das adversárias (ela já passou na marca dos 50 m com um segundo de vantagem).

"Confesso que eu achava o tempo todo que estavam me passando. Então, eu estava lutando até o final, passei como se não houvesse amanhã", disse, rindo. "Até na hora em que eu cheguei, não sabia que tinha ganhado. Aí, disseram: 'Comemora, você ganhou'. Ali saiu um peso."

A brasileira também se impressionou com o barulho feito na arena pela nadadora francesa, que também estava na disputa. Mas nada que atrapalhasse a, agora, maior medalhista de ouro paralímpica do Brasil entre as mulheres, ao lado de Ádria.

Carol Santiago foi eliminada na prova dos 100 m borboleta S12 na quinta-feira (29), mas ainda busca mais quatro medalhas em competições individuais: 50 m livre S13 (segunda, 2), 200 m medley S13 (terça), 100 m livre S12 (quarta) e 100 m peito SB12 (quinta). Ela também disputará o revezamento misto 4x100 m 49 pontos (quarta).

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas