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Descrição de chapéu paralimpíadas

Gabrielzinho confirma favoritismo e ganha segunda medalha de ouro em Paris

Nadador triunfa com facilidade nos 50 m costas e volta ao topo do pódio paralímpico

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Nanterre

Os 50 m costas têm dono na categoria S2 dos Jogos Paralímpicos. Gabriel Araújo, 22, repetiu em Paris o feito obtido em Tóquio, em 2021, e se tornou bicampeão da prova neste sábado (31), na Arena La Défense.

"Eu falei que ia amassar e amassei, acabei com a prova. Estou muito feliz, nadei muito bem. Muito bem é pouco, nadei demais", comemorou o brasileiro, sabendo do seu potencial em relação aos competidores.

A classe S2 da natação é destinada a nadadores com deficiências severas.

Gabrielzinho manteve seu aproveitamento total até aqui na Arena La Défense, em Nanterre, nos arredores de Paris - Reuters

Com a vitória, o nadador mineiro chega a duas medalhas de ouro na competição —na quinta (29), havia vencido nos 100 m costas. O brasileiro, que foi porta-bandeira na cerimônia de abertura ao lado de Beth Gomes, do atletismo, tem sido apontado pelos próprios franceses como um dos principais nomes da competição, não só pelas medalhas mas pelo estilo irreverente nas comemorações.

"Estou me sentindo em casa, mesmo do outro lado oceano. E vou aproveitar que estou em casa e mostrar para eles a alegria que só o brasileiro tem e o jeito contagiante que só a gente sabe."

Diferentemente do que ocorreu na prova anterior —em que não pintava como único favorito, já que tinha sido prata em Tóquio—, Gabrielzinho sobrou nos 50 m costas. Além do bi olímpico, o brasileiro é bicampeão mundial da prova.

Ainda na quinta, o brasileiro já tinha avisado que estava tenso com os 100 m costas, não com os 50m. "É uma prova que me deixa, pelo que estou treinando, um pouco mais tranquilo. Mas ela tem uma dificuldade interessante também, porque são só 50 metros. Então, não pode errar em momento nenhum."

Ele não errou. Ainda na metade da piscina sua vantagem já era destacada. No fim, registrou 50s93, novo recorde continental. Vladimir Danilenko, da Rússia, chegou quase sete segundos atrás, com 57s54. O chileno Alberto Abarza, com 58s12, ficou com o bronze. O pódio foi exatamente o mesmo dos 100 m costas.

"A prova dos 50 m é intensa, não tem o que fazer. Como diz o meu treinador no balizamento, 'chegou a hora, agora é modo hard, modo Gabrielzinho hard, forte o tempo todo'. Foi o que eu fiz, e o resultado veio."

Ao fim da prova, Gabrielzinho esbanjou descontração, mostrando a língua, sorrindo e brincando com a torcida. No pódio, voltou a exibir a ginga habitual e comandar a torcida.

Gabrielzinho voltou a festejar na Arena La Défense - Reuters

Com a vitória, o nadador chega a sua quinta medalha paralímpica, quatro de ouro (as duas de Paris se somam a outras duas de Tóquio) e uma de prata.

Gabrielzinho continua sua corrida do ouro já neste domingo (1º), nos 150 m medley, categoria SM3. Na segunda (2), volta à classe S2 para a disputa dos 200 m livre. Na sexta (6), encerra sua participação paralímpica nos 50 m livre, categoria S3.

A sequência não o incomoda.

"Isso já é treinado durante o ciclo. Nas etapas do World Series eu nado oito provas, seis provas com eliminatórias e finais. Neste ano, mais de 20 provas em três, quatro dias", disse. "Mas essa é a ideia, nadar cansado, nadar no estresse, para quando chegar aqui... E eu gosto de estar competindo sempre."

Mais medalhas na natação

Também neste sábado, a nadadora pernambucana Carol Santiago ganhou sua quarta medalha de ouro em Paralimpíadas e se igualou a Ádria Santos, do atletismo, como a maior vencedora brasileiras da competição.

Perto do final das competições na Arena La Défense aconteceu a prova mais disputada até aqui na piscina paralímpica: os 50 m livre masculino na categoria S11 (para nadadores com visão muito baixa ou ausência de visão).

Todos os finalistas concluíram a prova separados por menos de um segundo. O japonês Keiichi Kimura chegou em primeiro com o tempo de 25s98. O brasileiro Wendell Belarmino e o chinês Hua Dongdong bateram juntos, com 26s11, e dividiram a prata —o pódio ficou sem medalhista de bronze.

O brasileiro parecia na frente durante boa parte da prova, mas Kimura chegou com a batida mais encaixada. Belarmino tem glaucoma congênito.

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