Todos os modelos da Peugeot Citroën terão opção elétrica em 2025

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A PSA, que controla a Peugeot e a Citroën, oferecerá propulsão elétrica como opção em todos os seus carros, a partir de 2025, e planeja oferecer tecnologia que permitirá que a maioria de seus carros se autoguie, ao menos parcialmente, a partir de 2030.

A empresa, que controla também as marcas DS, Opel e Vauxhall, está embarcando em uma campanha de tecnologia e lançará 40 novos "modelos eletrificados", disse o presidente-executivo Carlos Tavares em um evento durante o Salão do Automóvel de Detroit.

Tavares anunciou que 80% dos carros da PSA contariam com a chamada automação de nível dois, a partir de 2030, que permitirá que eles se orientem e freiem sem interferência humana, em certas condições —por exemplo em rodovias.

Naquele mesmo ano, 10% dos carros vendidos pela PSA ofereceriam sistemas mais avançados de direção autônoma nível quatro, que permitirão que eles operem sem condutor humano na maioria dos casos, disse o executivo.

Tavares também detalhou os planos para o retorno da PSA ao mercado dos Estados Unidos, depois de uma ausência de mais de duas décadas.

Muitas montadoras de automóveis prometeram vender proporção maior de carros dotados de motores elétricos, quer híbridos, quer modelos exclusivamente elétricos, em parte para cumprir os regulamentos cada vez mais severos sobre a emissão de poluentes na Europa, China e ao redor do mundo.

A PSA é vista como retardatária diante da maioria de suas rivais europeias, no desenvolvimento de carros elétricos.

Enquanto grupos como a Renault e a Volkswagen já têm carros elétricos no mercado e traçaram planos ambiciosos para eletrificar suas linhas e vender grande número de carros propelidos exclusivamente por baterias, a Peugeot só lançará seu primeiro carro de propulsão exclusivamente elétrica no final de 2019.

"A partir de 2025, toda a linha da PSA estará eletrificada, e teremos 40 veículos elétricos à venda", disse Tavares, falando em um jantar em Detroit.

Ele posteriormente esclareceu que isso significava que todos os modelos oferecerão a opção de propulsão elétrica, e não que a montadora ofereceria apenas carros elétricos e híbridos —como a Volvo prometeu fazer a partir de 2019.

Ele disse que cada veículo estaria disponível com "uma gama de conjuntos motopropulsores", que incluiria opções elétricas mas também veículos acionados por motores tradicionais de combustão interna.

Ele não revelou quanto o grupo gastaria em seus novos esforços de eletrificação.

VOLTA AOS EUA

Como parte da sessão, Tavares revelou um cronograma para o retorno ao mercado dos Estados Unidos, que a Citroën deixou em 1974 e a Peugeot em 1991.

A empresa começará a oferecer sistemas de carros compartilhados em duas ou três cidades americanas este ano, e lançará outros serviços, com a marca Free2Move.

Depois, usará as informações que adquirir sobre consumidores norte-americanos para colocar carros à venda da maneira tradicional no mercado, por pelo menos uma de suas marcas.

Tavares não quis revelar que marca, mas há muita especulação quanto à probabilidade de que seja a Opel, dada sua forte semelhança com a marca Buick da GM.

A GM vendeu suas opções europeias, entre as quais as marcas Opel e Vauxhall, à PSA no ano passado, depois de anos de pesados prejuízos.

O centro técnico da Opel em Russelsheim, Alemanha, está trabalhando na adaptação dos modelos da montadora às normas do mercado dos Estados Unidos, revelou a PSA em uma apresentação no ano passado.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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