Petrobras diz esperar 'melhor resultado possível' com Pasadena

A estatal abriu na terça (6) o processo de venda da unidade 

Vista da Refinaria de Pasadena, no canal de Houston, no Estado do Texas (EUA) - Richard Carson/Agência Petrobras

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

Nicola Pamplona
Rio de Janeiro

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quarta (7) que espera "o melhor resultado possível" com a venda da polêmica refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que é alvo da Operação Lava Jato e de organizações ambientalistas americanas.

A estatal abriu na terça (6) o processo de venda da unidade, mas há dúvidas no mercado sobre o real valor da refinaria, diante do elevado passivo ambiental e da necessidade de investimentos em modernização.

"É muito cedo para antecipar qualquer de avaliação sobre Pasadena. Até porque, qualquer avaliação nossa pode influir no processo", afirmou Parente.

Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% das ações da refinaria, quase oito vezes mais do que os US$ 42 milhões que a belga Astra havia desembolsado um ano antes para ter 100% do capital.

Após disputa judicial com a ex-sócia, a estatal brasileira acabou pagando US$ 1,2 bilhão para ficar com todas as ações.

Parente disse que há indicações de interesse do mercado por um terreno adjacente à refinaria, que seria usada para a sua expansão e também está incluída no pacote posto à venda pela Petrobras.

O terreno tem 143 acres e acesso ao canal marítimo de Houston, que concentra parcela importante da indústria de refino e petroquímica dos Estados Unidos. Segundo o presidente da Petrobras, o acesso ao canal confere ao terreno um "grande valor".

A venda da refinaria de Pasadena faz parte do plano de desinvestimentos da estatal, que tem como meta arrecadar US$ 21 bilhões no biênio entre 2017 e 2018.

COMPERJ

Parente disse que o processo de venda de participações em refinarias brasileiras, que começou a ser discutido no ano passado, se mostrou mais complexo do que o esperado e a empresa ainda não chegou a um modelo final.

Há, no entanto, negociações em curso para a venda de fatia da unidade de refino projetada para o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), outro alvo da Lava jato.

A empresa não fala em nomes, mas negocia com a chinesa CNPC a realização dos investimentos que ainda faltam em troca de uma participação no complexo.

O presidente da Petrobras diz que espera poder anunciar novidades sobre o assunto em até três meses.

Relacionadas