Descrição de chapéu embraer

Apesar de incidente, Embraer mantém prazo de entrega de novo cargueiro à FAB

Embraer diz que o KC-390 que saiu da pista sofreu danos nos trens de pouso e fuselagem

Logo da Embraer em São José dos Campos, em São Paulo - REUTERS

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São Paulo | Reuters

A Embraer informou nesta quinta-feira (10) que o incidente de 5 de maio em que o primeiro protótipo do cargueiro KC-390 saiu da pista de testes causou danos aos trens de pouso e à fuselagem da aeronave, mas que mantém previsão de entrega da primeira unidade do modelo no quarto trimestre deste ano.

"Foram identificados danos extensos nos três trens de pouso da aeronave, além de avarias à parte estrutural da fuselagem", afirmou a Embraer em comunicado à imprensa.

A companhia acrescentou que está avaliando a possibilidade de transferir alguns testes no modelo para o segundo protótipo do avião e também para as "primeiras aeronaves de série que já se encontram em estágio avançado de montagem".

O protótipo 001 do KC-390 saiu da pista durante um teste de solo em Gavião Peixoto (SP). Imagens e vídeos feitos no local e que circularam por sites especializados mostra o avião no terreno à frente da cabeceria da pista com rachaduras em sua fuselagem e os trens de pouso avariados. Vários pontos do aparelho foram cobertos por funcionários para esconder a extensão dos estragos.

O avião é o mesmo que quase caiu em 12 de outubro do ano passado. Durante um voo no qual eram testados os limites da aeronave sem o auxílio de sistemas de descongelamento de asas, algo que não ocorre em operações normais, o avião ultrapassou o chamado envelope de voo —o esquadro em que opera dentro da normalidade.

Como resultado, a aeronave perdeu sustentação e caiu rumo ao solo, mas os pilotos conseguiram retomar o controle do protótipo, prefixo PT-ZNF, a cerca de 300 metros do solo, segundo a medição de sites de acompanhamento de voos.

O KC-390 é a principal aposta da divisão de defesa da Embraer. 

A FAB é a cliente de lançamento do avião, com 28 encomendas. Investiu US$ 5 bilhões desde 2008 no desenvolvimento do modelo e na compra das unidades. 

Outros países, como Portugal, já estudam a compra do avião.

O avião ainda não tem preço de prateleira, que depende de fatores como sua configuração, mas estima-se que custe em torno de US$ 85 milhões.

A Boeing, fabricante americana que pretende criar uma empresa só para fazer jatos regionais da Embraer, é a responsável pelo marketing externo do KC-390.

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