Descrição de chapéu greve dos caminhoneiros

Número de protestos de caminhoneiros pelo país sobe para 496, diz CNTA

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Marcelo Toledo
Ribeirão Preto (SP)

Apenas durante a tarde desta quinta-feira (24), 65 novos focos de manifestação de caminhoneiros surgiram no país. É o que aponta levantamento da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos).

Às 17h30 desta quinta, o país tinha 496 manifestações em todos os estados -- exceto Amapá --  e no Distrito Federal. No final da manhã, eram 431 atos no país.

O estado com mais paralisações é o Paraná, com 86, seguido por Minas Gerais (45), Rio Grande do Sul (38), Santa Catarina (36) e Bahia (30). Em São Paulo, os atos somavam 27.

A região Sul concentra 160 protestos, ou 32% do total. De manhã, os caminhoneiros já haviam ampliado o total de pontos de bloqueio em relação à noite desta quarta-feira (23), quando havia 384 atos no país.

A CNTA informou reconhecer que o desabastecimento atinge todos os setores “desde a indústria, comércio e serviços”.

"A CNTA havia feito esse alerta, no dia 16 de maio, junto ao governo federal, mas nenhuma medida foi tomada para evitar a paralisação dos caminhoneiros, que reivindicam outra política de reajuste do óleo diesel, com redução de impostos e o fim da cobrança de pedágio dos caminhões vazios, que passam nas praças com os eixos suspensos. Os motoristas não podem mais arcar com tantos prejuízos”, diz trecho de comunicado da entidade.

Caminhoneiros divididos

Representantes dos caminhoneiros e o governo estão em reunião desde o início da tarde desta quinta-feira e ainda não há resultados. 

A Abcam, que representa 700 mil caminhoneiros, quer continuar com a manifestação até a isenção de impostos se transformar em lei, e abandonou a reunião antes que se chegasse em um acordo.

Outros representantes do setor, porém, discordaram da Abcam, e aceitaram parar com as manifestações —a reunião ainda não foi encerrada.

Segundo José da Fonseca Lopes, líder da Abcam, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu na reunião "voto de confiança" de 15 dias ou um mês para o governo atender a exigência de redução da carga tributária sobre o diesel, o que teria sido aceito por outras entidades que participam do encontro.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) frisa que ainda não aceitou o pedido de trégua do governo e que a reunião não acabou.

Além de Padilha e do ministro dos Transportes, Valter Casimiro, e do general Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a reunião conta com entidades como Fetrabens, CNTA, Unicam, Sinaceg, CNT, NTU e Federação dos Transportadores Autônomos de Carga.

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