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Só metade dos MEIs entregou declaração ao fisco; prazo acaba nesta quinta

Atraso no envio gera multas e suspensão de benefícios do microempreendedor

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São Paulo

O prazo para os MEIs (Microempreendedores Individuais) entregarem sua declaração anual de faturamento termina nesta quinta-feira (31).

Segundo nota da Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis), 52% dos 6,3 milhões de microempreendedores ainda não enviaram as informações à Receita Federal.

Antes de se tornar a cabeça da Diletto, Leandro Scabin começou investindo em uma loja de peixes ornamentais, aos 17 anos. Ele relata no livro "Todo Mundo Disse que Não Ia Dar Certo", do jornalista Ricardo Viveiros, como, após a empresa quebrar, abriu um pet shop que cresceu para ter cinco unidades. Mas, vendo a falta de picolés de qualidade, que fossem mais do que "sucos congelados", resolveu pular de área e investir na Diletto em parceria com o publicitário Fábio Meneghini, em 2008 . Marcelo Justo/Folhapress/

A Casa do Pão de Queijo começou com Alberto Carneiro levando os pães de queijo feitos com a receita da avó numa Kombi de São Paulo para Campos do Jordão. De 1981 a 1988 a família de Carneiro chegou a ter 14 pontos independentes da Casa do Pão de Queijo, quando decidiu unificar o negócio numa franquia, hoje presente em todo o país. Karime Xavier/Folhapress/

Filho de imigrantes portugueses, Alberto Saraiva, hoje dono do Habib's, mudou-se para São Paulo aos 17 anos, para prestar o vestibular de medicina. No começo, viveu com os pais e dois irmãos um apartamento de um quarto no bairro da Barra Funda. Com 19 anos, seu pai foi assassinado e ele passou a montar negócios na área culinária focando em volume e baixo preço, para depois vendê-los. Em 1988, abriu o Habib's e se apegou ao negócio, que transformou em rede. No meio tempo, formou-se em medicina. Gabo Morales/Folhapress/

Alexandre Costa entrou no mundo dos negócios vendendo chocolate de porta em porta aos 17 anos, para em 1988 fundar a Cacau Show em uma sala de 12 m² na zona norte de São Paulo. Em 1996, a salinha se tornou um edifício de quatro andares. Em 2002, eram 18 pontos de venda e hoje, mais de 1.300 no Brasil. Gabo Morales/Folhapress/

Filho de um caminhoneiro e uma costureira, Carlos Wizard Martins, criador da Wizard e do Grupo Multi, pôde estudar inglês pelo contato com uma igreja mórmon, aos 12 anos. Com os contatos, foi estudar ciências da computação em uma universidade de Utah, nos Estados Unidos, anos mais tarde. Lá, deu aulas de português e desenvolveu o próprio método de ensino. No Brasil, passou a dar aulas de inglês e em 1987 fundou a Wizard, já com a ideia de transformar o negócio numa franquia. Karime Xavier/Folhapress/

Edgard Corona, dono da rede Bio Ritmo Academia, começou o primeiro negócio, uma confecção, aos 19 anos, com dois amigos. Dois anos depois, começou a trabalhar com açúcar e álcool, mas, quando o negócio entrou para a terceira geração da família, quebrou. Aos 34 anos, começou de novo, com uma unidade da Bio Ritmo, que só deu lucro dez anos depois de fundada. Zé Carlos Barretta/Folhapress/

José Efromovich, dono da Avianca, montou uma escola para aulas de reforço aos 15 anos. Aos 22, decidiu vender o negócio, que tinha mais de mil alunos em São Bernardo do Campo, para abrir com o irmão uma empresa de engenharia na área de inspeção industrial. Em dado momento, um cliente ofereceu dois aviões como pagamento por um serviço em Macaé. Foi o ponto de partida para uma companhia de táxi aéreo, em 2002, que viria a se tornar a gigante Avianca Brasil. Moacyr Lopes Junior/Folhapress/

Robinson Shiba, dono do China in Box, começou como dentista no consultório do pai em 1990. Após quatro meses, resolveu abrir um consultório próprio na periferia, que, focado em clientes de baixa renda, teve sucesso. Dois anos depois, retomou uma ideia que tivera ainda na faculdade, quando passou um ano trabalhando nos Estados Unidos e investiu na primeira unidade do China in Box, copiando as caixinhas de comida que vira em Nova York. Renato Stockler/Folhapress/

Romero Rodrigues, dono do Buscapé, abriu o primeiro negócio enquanto cursava engenharia de produção na USP. A ideia para criar o Buscapé veio quando, ao fazer a pesquisa de preços de uma impressora pela internet, percebeu o quão complicado o processo era. Em 1999, foi lançado o Buscapé. Eduardo Anizelli/Folhapress/

Guilherme Paulus, dono da empresa de turismo CVC, começou a trabalhar aos 14 anos no ramo de computação. Ele guardou dinheiro e fez uma viagem pela Europa, da qual voltou com 20 anos. Foi experiência o suficiente para que conseguisse emprego como agente de turismo, onde conheceu, como cliente, o deputado Carlos Vicenti Cherchiari. Ele o convidou para trabalhar numa agência que abriria em Santo André e, em seguida para que virasse sócio. Paulus resistiu, mas acabou cedendo e o resultado foi uma das maiores empresas de turismo do país. Karime Xavier/Folhapress/

Após ser dispensada do banco onde trabalhava como faxineira, Maria José de Lima Freitas, a Mazé, decidiu em 1999 fazer doces com ingredientes comprados a prazo em Carmópolis de Minas, uma cidade de 17 mil moradores, em Minas Gerais. O negócio cresceu e, em 2014, faturou R$ 1 milhão com sua fábrica de doces. Gildo Borges/Divulgação/

O envio de declarações fora do prazo leva à multa, que parte de R$ 50 e pode chegar a 20% do valor total de tributos declarados —2% por mês de atraso.

O microempreendedor também fica com benefícios trabalhistas e previdenciários suspensos até sua regularização.

“Deixar para o último dia é perigoso. Alguns erros podem causar perda de benefícios, prejuízos financeiros e até mesmo o fechamento do negócio”, explica em nota o presidente da Fenacon Mario Elmir Berti.

Envio

O MEI deverá enviar a documentação pelo Portal do Empreendedor.

Ele também pode procurar ajuda de um profissional contábil. Na primeira declaração, o serviço de apoio é gratuito se realizado por um escritório optante pelo Simples Nacional.

É possível acessar a lista com as empresas contábeis habilitadas neste link.

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