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Lucro da Caixa sobe 122% no terceiro trimestre para R$ 4,8 bi

Carteira de crédito ampla, no entanto, registra queda

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Anaïs Fernandes
São Paulo

A Caixa Econômica Federal reportou nesta quarta-feira (14) lucro líquido de R$ 4,8 bilhões no terceiro trimestre, alta de 122% em relação ao mesmo período de 2017.

No acumulado do ano, o lucro do banco estatal chegou a R$ 11,5 bilhões, um crescimento de 83,7% sobre 12 meses e acima do resultado projeto para 2018, de R$ 9 bilhões.

Nelson Antônio de Souza, presidente da Caixa, diz que o resultado recorde no trimestre demonstra que o banco é sólido, eficiente e cresce de forma orgânica e sustentável.

O lucro líquido recorrente da Caixa (livre de efeitos extraordinários) foi recorde em 2017, atingindo R$ 8,6 bilhões, alta de 107% ante o resultado do ano anterior. /Marcus Leoni/Folhapress

A Caixa escolheu o estádio Mané Garrincha, em Brasília, símbolo do superfaturamento nas obras da Copa, para um evento festivo com 6.000 funcionários em 2018 . Folhapress/Folhapress

O banco é responsável pela maior parte do financiamento imobiliário concedido no país. Folhapress/Bruno Santos/Folhapress

Realiza, tradicionalmente uma vez por ano, um feirão da casa própria, que reúne construtoras em um mesmo pavilhão para ofertar imóveis em condições especiais. Folhapress/Rivaldo Gomes/Folhapress

Junto com o Banco do Brasil, a Caixa também realiza financiamento para o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. Folhapress/Rubens Cavallari/Folhapress

A Caixa é responsável por uma série de pagamentos de benefícios aos trabalhadores, como FGTS, PIS e seguro-desemprego. Folhapress/Gabriel Cabral/Folhapress

No ano passado, o governo autorizou o saque de contas inativas do FGTS, o que gerou enormes filas nas agências da Caixa. Folhapress/Robson Ventura/Folhapress

A modalidade I do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), direcionada aos que possuem renda de até três salários mínimos, é operada com exclusividade pela Caixa. Folhapress/Bruno Santos/Folhapress

A Caixa faz o pagamento do Bolsa Família, programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação de pobreza. /Beto Macário/UOL

Com o Cartão do Cidadão, fica mais fácil ter acesso aos benefícios sociais e trabalhistas. Ele pode ser solicitado por quem tem FGTS provisionado, rendimentos do PIS, abono salarial ou que ainda esteja recebendo parcelas do seguro-desemprego. José Patrício/Folhapress/José Patrício/Folhapress

A administração das Loterias Federais foi delegada à Caixa em 1962. O governo Temer tinha plano para privatizar a Loterias Caixa, mas ele ainda não foi concluído. Folhapress/Almeida Rocha/Folhapress

Em meio a uma crise de recursos no ano passado, a Caixa tentou primeiro obter dinheiro do Tesouro, depois, do FGTS. Sem socorro do governo, terá de encolher para cumprir as regras internacionais de solidez financeira. /Folhapress

A Caixa cresceu bastante durante os dois mandatos de Lula. Quando ele assumiu o governo, em 2003, tinha R$ 18,8 bilhões na carteira de crédito. FOLHA DE S.PAULO/Folhapress

Em 2011, na chegada de Dilma ao poder, o estoque da carteira de crédito já era de R$ 212,7 bilhões. A ex-presidente acelerou a política expansionista ainda mais e usou o banco para forçar as demais instituições a baixar os juros. Folhapress/Alan Marques/Folhapress

Vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Cleto afirma à PF ter feito parte de esquema com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de cobrança de propinas de grandes empresas em FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa. AFP/EVARISTO SA/AFP

Pego pela PF na Operação Cui Bono?, o então vice-presidente de Pessoa Jurídica (hoje chamada de Corporativa) da Caixa, Geddel Vieira Lima, é acusado de aprovar empréstimos em troca de propina ou para agradar a políticos. AFP/EVARISTO SA/AFP

Gilberto Occhi deixou a presidência da Caixa em março de 2018 para assumir o Ministério da Saúde. Uma auditoria independente contratada pela Caixa sugeriu que fosse apurada a suspeita de que Occhi teria pedido propina para repassar para o PP. REUTERS/UESLEI MARCELINO/Reuters

Nelson de Souza, então vice-presidente de Habitação da Caixa, assumiu a presidência do banco no lugar de Occhi. Folhapress/Pedro Ladeira/Folhapress

Segundo ele, os números são resultado da redução de 6,2% nas despesas com pessoal, na comparação com o ano passado, e aumento da receita com prestação de serviços (+12,9%).

O banco também viu cair a inadimplência, de 2,72% no terceiro trimestre de 2017 para 2,44% agora, e reduziu em 15,4% sua provisão para crédito duvidoso. 

A carteira de crédito ampla da Caixa até setembro, no entanto, encolheu 2,6% na comparação em 12 meses, somando R$ 693,8 bilhões. O banco diz que o movimento ainda reflete a estratégia de equilibrar a estrutura de capital. 

Todos os segmentos registraram queda, exceto habitação e infraestrutura.

A carteira imobiliária, que já representa 63% da carteira total da Caixa, somou R$ 440,5 bilhões, aumento de 2,7% em 12 meses, impulsionada pelas operações com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que atingiram R$ 258,5 bilhões. Com recursos da poupança, a queda foi de 8,1%, para R$ 186 bilhões.

Em infraestrutura, houve aumento de 2,2% na comparação anual, para R$ 83 bilhões.

Já a carteira comercial caiu 17%, em relação a igual período de 2017.

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