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Brasil cria 129,6 mil vagas formais em abril, melhor resultado desde 2013, diz Caged

Dado é registrado um mês após o país ter fechado 43 mil vagas, no pior março desde 2017

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Brasília e São Paulo

O Brasil criou, em abril, 129,6 mil vagas formais de emprego, o melhor resultado para o mês desde 2013, mostram os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Ministério da Economia.

Em abril de 2013, foram criadas 196.913 vagas. O dado positivo ocorre depois de, em março, o país ter fechado 43 mil vagas, no pior resultado para o mês desde 2017. Em abril de 2018, haviam sido criadas 115.898 vagas.

No ano, o acumulado está em 313.835 vagas, um aumento de 0,82% em relação ao mesmo quadrimestre de 2018. Já nos últimos 12 meses, são 477.896 postos criados, alta de 1,25%.

No mês passado, foram abertas 1,374 milhão de vagas, ante 1,245 milhões de postos fechados O secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo, avalia o dado de abril como dentro do padrão esperado para o mês. “Não houve exatamente uma surpresa, abril normalmente é um mês positivo”, afirma.

Ele admitiu, no entanto, uma leve surpresa positiva, principalmente pelo crescimento de 12% em relação a abril de 2018. “À medida que não temos um crescimento econômico tão descolado do ano passado, o crescimento do mercado de trabalho foi expressivo, sim, ao crescer 12% a mais.”

Ainda assim, defendeu ser mais fidedigno considerar a média anual (78.459) do que meses isolados, o que permitiria ponderar a forte geração de fevereiro (185.268) e a queda registrada em março (-42.182), em números já ajustados.

Assim como fez na divulgação de abril, o secretário afirmou que não espera um crescimento exponencial do mercado de trabalho neste ano –atualmente, há 13 milhões de desempregados no país.

“Mas é um crescimento que está em linha com a dinâmica do crescimento da economia brasileira”, afirmou. “É preciso que os fatores da economia se organizem, que haja uma recuperação de confiança, uma retomada dos investimentos via aprovação de reformas importantes dentro do Congresso, e a partir daí o mercado de trabalho seguramente reagirá.”

Por setores, o de serviços criou 66.295 vagas, enqua nto indústria da transformação gerou 20.479 postos. No comércio, o saldo foi positivo em 12.291 empregos.

Todas as regiões tiveram saldo positivo de geração de emprego, um contraste forte em relação a março, quando todas fecharam postos. A maior geração ocorreu no Sudeste, com 81.106 vagas criadas. No Nordeste, foram 15.593.

Em abril, houve um saldo de 5.422 postos de trabalho criados na modalidade intermitente, ante 6.309 em março, e 2.827 na parcial — ante 2.229 em março.

O secretário falou ainda sobre a revisão que está sendo feitas das normas regulamentadoras do trabalho. Ele defendeu que sejam garantidas a saúde e a segurança do trabalhador, mas de uma forma menos burocratizada, que “diminua o número de horas gastas por cada empresário para se adequar a cada uma das normas regulamentadoras.”

“No momento em que você simplifica as obrigações, os formatos da fiscalização e otimiza o cumprimento de quaisquer regulamentos, é óbvio que há um estímulo ao investimento, você desprende amarras.”

O secretário de Produtividade do ministério da Economia, Carlos da Costa, afirmou que a tendência é que o país continue a gerar empregos formais nos próximos meses.

“Foi um resultado bom em relação ao que se esperava, no entanto aquém daquilo que o Brasil precisa. Precisamos que o Brasil cresça com empregos de qualidade”, afirmou após encontro com empresários em São Paulo.

Ele reafirmou o discurso de que empresários esperam a aprovação da reforma da Previdência para investir e voltar a contratar.

“Com a consolidação da visão de que as reformas estruturais vão passar, com as boas notícias que virão na arena política nas próximas semanas, nós vamos conseguir mais investimentos”, disse.

Para ele, após a primeira votação da reforma na Câmara, os investimentos já devem recomeçar.​

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