Novo governo da Argentina reajusta salários para compensar inflação
Sindicatos esperavam reajuste mais significativo após um ano de inflação galopante, estimada em 55%
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O governo argentino anunciou nesta sexta-feira (3) reajuste salarial de 4 mil pesos (R$ 272,36) para os trabalhadores do setor privado, diante da perda do poder aquisitivo provocada pela inflação.
"Os 4 mil (pesos) são um reajuste salarial, não um bônus, um pagamento extraordinário", disse em entrevista coletiva o ministro do Trabalho, Claudio Moroni.
Para os trabalhadores do setor público se aplicará um "esquema similar", que será anunciado na próxima semana, acrescentou Moroni.
O ministro destacou que o "aumento será igual e uniforme para todas as escalas", com "3 mil (pesos) em janeiro e outros mil pesos em fevereiro, totalizando 4 mil".
Com um salário mínimo de 16.875 pesos mensais (R$ 1.149), os sindicatos esperavam um reajuste mais significativo após um ano de inflação galopante, estimada em 55%.
O governo espera que o reajuste tenha "um efeito dinamizador na demanda" e isentou as pequenas e médias empresas do pagamento das contribuições relacionadas ao reajuste pelo prazo de três meses.
O presidente Alberto Fernández, que assumiu no dia 10 de dezembro, adotou um pacote de medidas econômicas e impositivas de emergência para tentar superar a pior crise econômica na Argentina em quase 20 anos.
Fernández também enfrenta o desafio de equilibrar as exigências sindicais às necessidades de um setor produtivo golpeado por uma recessão que já dura mais de um ano.
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