Siga a folha

Dono da Havan teve auxílio emergencial de R$ 600 aprovado com seu nome

Empresário afirma ter sido vítima de fraude e de vazamento de dados pessoais

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, foi cadastrado e aprovado no programa de auxílio emergencial concedido pelo governo federal em razão da pandemia de coronavírus. O caso veio à tona nesta terça-feira (2) após o empresário ter seus dados vazados por supostos hackers.

Hang nega ter solicitado o auxílio, que prevê pagamento de R$ 600 por três meses para os beneficiários. O empresário, notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirma ter pedido à PF (Polícia Federal) uma investigação sobre a fraude e o vazamento de seus dados pessoais.

O caso foi revelado pelo site O Antagonista.

"Como todo brasileiro de bem me sinto lesado com esses atos criminosos, que têm por objetivo apenas prejudicar as vítimas e suas famílias. Os autores devem ser exemplarmente condenados e punidos", diz Hang em nota.

O dono da Havan afirma que recebeu nesta terça-feira (2) "informações de que hakers estão solicitando pedido de auxílio emergencial usando o seu CPF" e diz que já reportou o crime de fraude à PF.

No site da Caixa, o status do suposto pedido de Hang aparecia às 18h45 desta terça (2) como "em avaliação", mas havia também informação de que o auxílio havia sido "aprovado e enviado para crédito".

A Controladoria-Geral da União disse no dia 26 de maio que divulgaria em até 15 dias a lista com os cerca de 53 milhões de cadastrados que receberão o auxílio emergencial por causa da pandemia de coronavírus.

Hang aparece como o sétimo homem mais rico do país na última lista de bilionários elaborada pela revista Forbes. O empresário teria patrimônio de US$ 3,6 bilhões (R$ 18,72 bilhões no câmbio atual), de acordo com a publicação.

A Folha questionou o banco sobre o caso. Em nota, a Caixa diz que faz os pagamentos do benefício, e que a Dataprev e o Ministério da Cidadania é que fazem a análise sobre a concessão.

A Dataprev, responsável pelo cruzamento de dados, afirmou em nota que casos de fraude "já estão em investigação, de forma paralela e contínua, pelos órgãos competentes".

"Valores que tenham sido pagos indevidamente, como já informou o Ministério da Cidadania, serão ressarcidos aos cofres públicos. Aqueles que tenham praticado qualquer ato ilícito estão sujeitos às sanções penais previstas pelo Código Penal brasileiro", diz o órgão em nota.

Segundo a Dataprev, o aprimoramento do sistema de checagem dos dados ocorre durante a própria concessão do benefício devido à "urgência da situação e a vulnerabilidade da população".

Pelas regras atuais, podem solicitar o auxílio emergencial à Caixa os desempregados maiores de 18 anos que não recebam benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família.

A renda familiar mensal precisa ser de até R$ 522,50 por pessoa ou de até três salários mínimos (R$ 3.135,00) ao todo.

Além disso, existe a exigência de que o solicitante não tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas