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Ações de bancos derretem e Ibovespa fecha em queda de 1,6%

Itaú lidera perdas após lucro no 2º tri cair pela metade

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São Paulo

A Bolsa brasileira teve a perda mais expressiva dentre as principais Bolsas globais nesta terça-feira (4). O Ibovespa, principal índice acionário do país, recuou 1,6%, a 101.215 pontos.

A maior queda da sessão foi do Itaú, que despencou 5,8%, a R$ 25,69, após o banco reportar queda de 49,8% no lucro do segundo trimestre deste ano, para R$ 3,4 bilhões, quando comparado com igual período de 2019. O tombo veio um pouco acima do registrado pelos concorrentes: Santander e Bradesco tiveram quedas de 41,2% e 40,1%, respectivamente.

O resultado reflete mais uma rodada de reservas feitas pelo Itaú para cobrir possíveis calotes decorrentes da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. O banco espera que a inadimplência no Brasil atinja, em 2021, níveis mais elevados do que em crises anteriores.

Painel com movimentações do mercado na sede da B3; nesta terça (4), o Ibovespa fechou em queda de 1,6% - AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL

Também pesou contra os papéis a pauta do Senado, que deve votar na próxima quinta (6) o projeto que limita juros de cartão de crédito e do cheque especial a 30% ao ano. No centro da discussão estão o tempo de vigência do teto e os critérios para que o limite seja estabelecido.

No mercado, a expectativa é de que o plano seja aprovado, o que derrubou os papéis do setor. As ações preferenciais (sem direito ao voto) do Bradesco caíram 2%, a R$ 21,72. As ordinárias cederam 2,95%, a R$ 20,02. Banco do Brasil e Santander caíram 3% (R$ 33,30) e 2,8% (R$ 28,81), respectivamente

Já a Vale liderou os ganhos do Ibovespa na sessão, após o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vender R$ 8,3 bilhões em ações da empresa, via leilão.

Foram vendidas 137,6 milhões de ações da mineradora, a R$ 58,76 cada, o equivalente a 2,6% do capital total da companhia. Após a operação, o BNDES permanece com 3,7% do capital. Para evitar impactos nos preços, o banco se comprometeu a não vender novas ações da empresa por um prazo de pelo menos 90 dias.

Em Nova York, as Bolsas tiveram um pregão volátil, contrabalançando aumento de tensão nas relações entre Estados Unidos e China envolvendo o aplicativo TikTok, alta nos casos de coronavírus, e expectativas de mais estímulos econômicos, em meio à temporada de balanços.

O principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, disse que os estados americanos com altos números de casos de coronavírus deveriam reconsiderar a imposição de restrições de lockdown, enfatizando a necessidade de baixar o número de infecções antes da temporada de resfriados no outono do hemisfério norte.

S&P 500 e Nasdaq subiram 0,3% cada um e Dow Jones, 0,6%. Na Europa, Londres fechou estável, Paris subiu 0,3% e Frankfurt caiu 0,3%.

O dólar se valorizou ante as principais moedas globais durante boa parte do pregão, refletindo o aumento de encomendas à indústria americana. Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, elas avançaram 6,2% em junho, após recuperação de 7,7% em maio, acima da estimativa de 5% de economistas consultados pela Reuters.

Na parte da tarde, a moeda americana se desvalorizou com a sinalização do governo americano de que democratas e republicanos estão longe de um acordo e que a Casa Branca deve enviar uma nova proposta de estímulos para o Congresso.

No Brasil, a moeda americana chegou a subir 1,2%, mas fechou em queda de 0,45%, a R$ 5,29. O turismo está a R$ 5,59.

(Com Reuters)

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