Siga a folha

Descrição de chapéu

Fiat Chrysler acusa GM de 'campanha difamatória' após denúncia de espionagem

FCA afirma que as últimas declarações da rival são 'como um roteiro de um filme de espionagem de terceira categoria'

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Financial Times

A Fiat Chrysler chamou de "desprezíveis" as denúncias de que plantou um espião no conselho da General Motors e acusou a rival de fazer "uma campanha de difamação", na última reviravolta em uma dura batalha legal entre as duas montadoras.

Em novembro passado, a GM acusou a FCA de causar-lhe danos ao pagar subornos a dirigentes sindicais que corromperam as negociações salariais e resultaram em salários mais altos. O juiz Paul Borman rejeitou o caso da GM em julho.

Na semana passada, a GM alegou ter descoberto novos detalhes sobre a FCA, incluindo que um sindicalista no conselho da GM era um "agente pago" pela FCA e que a empresa usava uma rede de contas offshore para esconder subornos pagos aos sindicatos.

A FCA negou veementemente as acusações em sua contestação apresentada na segunda-feira.
"A GM deve saber que a perspectiva de o tribunal mudar de ideia... é quase nula, então esse movimento é aparentemente um veículo para a GM fazer acusações mais difamatórias e infundadas sobre um concorrente que está ganhando no mercado", disse.

As denúncias "parecem o roteiro de um filme de espionagem de terceira categoria" e "fariam John le Carré se encolher", acrescentou, dizendo que a GM "está engajada em uma campanha de difamação".

A empresa disse que manter contas em bancos internacionais é "normal e certamente não é ilegal", dada a sua presença em 130 países, e que a GM não apresentou evidências de que elas estivessem ligadas a pagamentos a sindicalistas.

"Essa especulação infundada —claramente o produto de uma imaginação febril— é insuficiente para fazer uma afirmação", disse.

A FCA há muito diz que o processo da GM em novembro passado foi aberto para interromper sua fusão com a PSA, montadora francesa que também possui a Opel, antiga operação deficitária da GM na Europa.

Sob a PSA, o negócio Opel-Vauxhall teve lucro, enquanto a fusão iria catapultar o negócio combinado para além da GM, tornando-a a terceira maior montadora do mundo em vendas, atrás da Toyota e da Volkswagen.

A FCA admitiu ter subornado vários dirigentes sindicais, e um ex-diretor da empresa, Alphons Iacobelli, está cumprindo pena de prisão

Mas o processo da GM —que buscava bilhões em indenização por danos— foi a primeira vez que outra montadora alegou ter sido diretamente prejudicada pelo escândalo.

Em seu último arquivamento na semana passada, a GM disse que Iacobelli tinha o controle de algumas das contas bancárias internacionais supostamente usadas para fazer pagamentos a dirigentes sindicais.

No fim de semana, o advogado de Iacobelli, Michael Nedelman, chamou as alegações da GM de "grosseiras" e as comparou à caça às bruxas comunista nos anos 1950.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas