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Bolsonaro diz que recuperação econômica não será rápida

Em visita ao aeroporto de Congonhas, presidente criticou 'aquele pessoal' que não priorizou economia

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São Paulo

Em visita a obras da pista do aeroporto de Congonhas neste sábado (5), o presidente Jair Bolsonaro admitiu que a recuperação econômica do Brasil não será rápida.

"Esperamos que volte à normalidade o país, não digo mais rápido, que não tem como ser rápido, mas não tão demorado também", afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro também criticou os que, segundo ele, não priorizaram a economia.

O presidente Jair Bolsonaro em visita às obras de recuperação da pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo - Carolina Antunes/PR

"Aquele pessoal que dizia no passado, que não era eu, 'a economia recupera depois', está na hora de botar a cabeça pra fora e dizer como é que se recupera rapidamente a economia. Sempre falei que era vida e economia. Fui muito criticado. Mas não posso pensar de forma imediata, tenho que pensar lá na frente."

A fala do presidente vem dias após a economia registrar retração inédita de 9,7% no segundo trimestre de 2020 na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados na terça-feira (1º) pelo IBGE.

Além de Bolsonaro, estavam em Congonhas os ministros da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e da Justiça, André Mendonça, o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, e o presidente da Infraero, Brigadeiro Paes de Barros.

Após compromissos no Vale do Ribeira (SP) na quinta (3) e na sexta (4), Bolsonaro adiou a volta a Brasília, que deveria ocorrer na sexta, e dormiu na capital paulista, em um quartel do Exército. Pela manhã, antes de embarcar para a capital federal, ele vistoriou as obras de recuperação da pista em Congonhas. Depois, embarcou para Brasília.

Tombo do PIB

Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam retração de 9,2% no PIB na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado veio acima do esperado, e a economia brasileira registrou retração inédita de 9,7%.

Esse foi o período mais intenso dos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, como mostraram também dados de outros países.

A expectativa é de que a economia tenha voltado a crescer no terceiro trimestre, mas há dúvidas sobre o ritmo de recuperação, principalmente por causa das sequelas no mercado de trabalho e da situação fiscal do país.

Com essas duas quedas, o PIB está no mesmo patamar do final de 2009, segundo o IBGE, auge dos impactos da crise global provocada pela onda de quebras na economia americana.

Segundo dados compilados pela OCDE, entre quase 30 economias que já divulgaram o resultado do segundo trimestre, a retração do PIB ficou em 9,5% na média. Entre os países membros da entidade, foi de 9,8%.

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