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Indústria e comércio devem ser motor da atividade, diz Ministério da Economia

Setor de serviços, maior empregador do país, deve retomar protagonismo só no fim do ano

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Brasília

O governo manteve a projeção de queda para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2020 em 4,7% e vê os setores de indústria e comércio como motores da atividade no terceiro trimestre, após o impacto da pandemia do coronavírus no país.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15) pela Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, e deixam inalterada a previsão para o PIB divulgada anteriormente, calculada em maio e reiterada em julho.

A previsão continua mais otimista que a de mercado. A mediana do boletim Focus, elaborado pelo Banco Central a partir de expectativas de analistas, prevê que a economia neste ano tenha retração de 5,11% (uma semana antes, era de 5,31%).

A pasta considera que houve sinais de melhoria em indicadores recentemente. De acordo com a pasta, os dados sugerem forte retomada da atividade no terceiro trimestre, com a recuperação ganhando tração nos meses de julho e agosto.

“A indústria e o comércio devem ser o motor da atividade no 3º trimestre, já o protagonismo dos serviços deverá ficar evidente nos últimos meses de 2020”, afirma análise da pasta.

Para o terceiro trimestre, a projeção de crescimento do PIB é de queda de 4,9% em relação ao mesmo período de 2019. Já em relação ao trimestre imediatamente anterior, a expectativa é um avanço de 7,3%.

Nos dados segmentados por setor, é projetado para a indústria um recuo de 3,4% em relação ao ano passado e crescimento de 10,7% sobre o trimestre imediatamente anterior.

Segundo os técnicos, os dados apontam para uma recuperação em forma de “V” para a indústria de transformação, com destaque para o setor automotivo, moveleiro e máquinas e equipamentos.

Para o setor de serviços, é calculado um recuo de 4,3% em relação aos mesmos três meses do ano anterior e crescimento de 7,8% quando comparado ao segundo trimestre, com destaque para o comércio.

O setor de serviços é o que mais contrata no país, responsável por quase metade do mercado de trabalho formal.

O setor agropecuário tem comportamento resiliente em toda a crise e é o único que terá avanço no terceiro trimestre na comparação com igual período de 2019, com crescimento de 1,7%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, é projetado crescimento de 1,2%.

O Ministério também atualizou os dados esperados para a inflação, com elevação em todos os indicadores.

A projeção para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) em 2020 praticamente dobrou de 6,58% em julho para 13,02% agora. Esse índice tem uma abrangência maior do que apenas para o consumidor final, englobando também produtos agropecuários e do setor atacadista.

A elevação nos preços do atacado, no entanto, não estão sendo observados nos índices finais para o consumidor do varejo.

A pasta calcula que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que embasa o cálculo do salário mínimo, encerre o ano com variação de 2,35% (ante 2,09% previsto em julho).

Já a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 1,6% para 1,83%, abaixo do intervalo de meta a ser perseguida pelo Banco Central (de 2,5% a 5,5%).

Na visão da pasta, a pressão inflacionária sentida pelos consumidores atualmente está concentrada em alimentos. O grupo Alimentação no Domicílio é composto de 16 itens e dois deles atingiram inflação superior a 20% em agosto.

São eles “Cereais, leguminosas e oleaginosas” (item no qual se encontram o arroz e os feijões) e “Carnes”. “Óleos e gorduras” atingiu 19,25%, com destaque para Óleo de soja. Todos os valores mencionados se referem à inflação acumulada em 12 meses.

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