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Descrição de chapéu Folha ESG sustentabilidade

Agência lança índices para mercados emergentes; veja mais sobre o ESG nos negócios

Suíte incorpora critérios ambientais, sociais e de governança em indicadores de renda fixa

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Diante da crescente demanda de investidores por indicadores de sustentabilidade, a Bloomberg e a MSCI Inc. lançaram uma família de dez índices ESG para títulos de renda fixa de mercados emergentes.

A plataforma, que considera os princípios de investimentos socialmente responsáveis (SRI) e critérios ambientais sociais e de governança, inclui três versões com diferentes metodologias.

Uma que usa classificações ESG nas ponderações de mercado; outra que filtra organizações de setores como entretenimento adulto, álcool, jogos de azar, tabaco, armas; e uma terceira que inclui apenas empresas com boas avaliações ESG (“best-in-class”).

De acordo com as organizações, análises de sustentabilidade estão sendo cada vez mais incorporadas aos fluxos de trabalho dos investidores. Dessa forma, a nova família de índices oferece ferramentas para avaliações de risco e benchmarking [comparação].

A suíte é vendida de forma independente pelas duas empresas, e também pode ser encontrada no Terminal Bloomberg.


CRITÉRIOS

A Iosco, órgão que reúne fiscalizadores do mercado de capitais de vários países, planeja publicar em julho sua primeira orientação regulatória sobre os ratings ESG, sistemas que avaliam o desempenho das empresas em relação aos três pilares.

Segundo a organização,o documento será uma forma de conter a crescente preocupação de gestores de ativos com as credenciais verdes exageradas.

Com investidores fazendo pressão pela agenda, as empresas tiveram que se movimentar mais rápido para entrar em conformidade, o que alavancou o mercado de ratings ESG.

No entanto, os critérios usados em cada sistema são variáveis, o que pode levar a discrepâncias na avaliação de uma mesma empresa.


PADRÃO OURO

Para fazer frente ao interesse das empresas em serem reconhecidas como ESG, o Bureau Veritas, grupo especializado em inspeção e certificação, lançou um selo para atestar se um negócio incorpora os princípios ambientais, sociais e de governança corporativa.

Segundo a consultoria, o processo de concessão começa com uma avaliação das ações ESG implementadas, que deverão ser comprovadas por meio de documentos e relatórios. Em seguida, um auditor do grupo faz uma visita para verificar se as práticas são consistentes.

Só então a empresa recebe o selo, que também mostrará o grau de maturidade das dimensões ambiental, social e de governança, numa escala que vai de 1 a 5.

Para o diretor executivo do Bureau Veritas, José Cunha, a certificação também é uma forma de ajudar as organizações a entender como elas estão situadas na agenda ESG.


ESTRELAS

A consultoria Merco divulgou a sétima edição do seu ranking com as 100 empresas mais responsáveis e com melhor governança corporativa do país. O primeiro lugar permanece com a Natura, que é líder desde a primeira publicação da lista, seguida de Ambev e Boticário.

Neste ano, a consultoria incluiu uma avaliação específica das organizações com melhor atuação na pandemia de Covid-19. O grupo de cosméticos também encabeça este outro ranking, que traz Magazine Luiza e Itaú nas segunda e terceira posições, respectivamente.

A classificação foi feita a partir das respostas de diretores das empresas, especialistas em responsabilidade corporativa, analistas financeiros, jornalistas, sindicatos, ONGs, consumidores, entre outros públicos.


CAIXA ABERTO

O Itaú Unibanco se comprometeu a destinar, até 2025, R$ 400 bilhões para o financiamento de projetos ligados ao desenvolvimento sustentável. Segundo a instituição, os recursos serão alocados em três frentes: concessão de crédito para setores de impacto positivo; estruturação de operações de ESG bonds e debêntures verdes; e produtos para o varejo, como financiamento de carros elétricos, painéis solares e microcrédito.

Para implementar essa agenda, o banco diz que foi preciso revisar sua classificação interna de impacto positivo, que agora passa a incorporar aspectos que vão desde a transição para uma economia de baixo carbono até iniciativas para o bem-estar da sociedade.

A partir desse novo entendimento, foram definidos seis setores para financiamento: energia renovável, serviços de energia, saúde e educação, obras de infraestrutura, papel e celulose, e agronegócio.


CURRICULUM VERDE

Não são só os consumidores e os investidores que se importam com os pilares ambientais, sociais e de governança dos negócios. Pesquisa da consultoria Robert Half mostra que 83% dos profissionais consideram que a empresa ter uma agenda ESG é fator importante na hora de aceitar ou recusar uma oferta de trabalho. O levantamento também apontou que uma em cada duas pessoas não troca de emprego porque a empresa atual incorpora boas práticas e isso é uma motivação para permanecer.


FLUXO

Na última década, mais de US$ 1 bilhão foram investidos nas chamadas “ESG enablers”, startups dedicadas a fazer com que empresas implementem boas práticas em seus negócios. Segundo a consultoria de inovação Distrito, até junho deste ano, o volume investido era de US$ 89,8 milhões, cerca de um terço do total aportado em 2020 (US$ 284,7 milhões).

A consultoria mapeou 802 startups desse tipo no Brasil, com atuação em 30 setores diferentes. O segmento com maior número de “enablers” é o de água e energia, com 144 empresas (18%). Os serviços oferecidos vão desde gestão e otimização da água à geração de energia limpa.


PRESTAÇÃO DE CONTAS

Em seu último relatório de sustentabilidade, a Klabin anunciou a criação do Painel ESG, uma plataforma online que reúne os principais indicadores da empresa em relação às suas metas ambientais, sociais e de governança.

O objetivo é disponibilizar informações atualizadas sobre questões como o uso de energia renovável, percentual de mulheres em cargos de liderança, desempenho socioambiental de fornecedores, entre outros.

A plataforma vai monitorar o avanço da empresa em relação aos compromissos de curto, médio e longo prazos estabelecidos no final de 2020, que ganharam o nome de Kods (Objetivos Klabin para o Desenvolvimento Sustentável), em referência aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) das Nações Unidas.


LOJA VERDE

No último trimestre de 2021, a Renner vai lançar o que tem chamado de a primeira loja circular do Brasil. A unidade, que ficará no Rio de Janeiro, vai incorporar conceitos da economia circular, com foco no uso de produtos reciclados e recicláveis.

Caixas, manequins e mobiliários serão feitos, preferencialmente, de materiais que podem ser reaproveitados. Além disso, a loja vai dar mais destaque aos serviços de logística reversa e às peças do Selo Re, que geram menos impacto ambiental no processo produtivo, como roupas feitas de matéria prima biodegradável ou reutilizada.

A iniciativa é parte das metas sustentáveis definidas em 2018, cujo prazo de cumprimento é até o final deste ano. Entre os principais objetivos estão ter 100% do algodão de origem responsável, suprir 75% do consumo corporativo de energia com fontes renováveis e certificar toda cadeia de fornecedores com selo socioambiental.

De acordo com Eduardo Ferlauto, gerente geral de Sustentabilidade da Renner, as metas estão quase batidas, e o próximo desafio será expandir os princípios ESG para as outras marcas do grupo, como a Camicado, Youcom, Ashua e Realize.


VIGIAR E REGENERAR

A Natura&Co, grupo formado pelas marcas Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, lançou uma plataforma de monitoramento da biodiversidade da Amazônia. Intitulada de PlenaMata, a ferramenta foi desenvolvida em parceria com o MapBiomas e o InfoAmazônia, e vai criar um banco de dados centralizado para contribuir com iniciativas de conservação e regeneração do bioma.

O lançamento da plataforma foi anunciado durante o evento de um ano do programa “Compromisso com a Vida 2030”, que reúne 31 metas do grupo para enfrentar desafios relacionados à crise climática, direitos humanos, inclusão e circularidade de seus negócios.


INCLUSÃO

A Avon e a consultoria Indique Uma Preta criaram um programa de capacitação voltado para estudantes negras que, ao final, selecionará quatro estagiárias para trabalhar na multinacional de cosméticos. Durante o processo seletivo, todas as candidatas participarão de uma semana de atividades, como forma de expandir suas experiências para o mercado de trabalho.

De acordo com as empresas, o projeto foi pensado tendo em vista o aumento da vulnerabilidade da população negra, em especial das mulheres, durante a pandemia de Covid-19. As inscrições podem ser realizadas até 30 de junho pela plataforma da Indique Uma Preta no site da Gupy.


ILUMINOU

O Boticário anunciou ter atingido a meta de usar apenas energia limpa em suas fábricas. Segundo o grupo, 100% da energia destinada às operações, algo em torno de 3.000 MWh por mês, agora vêm de fontes renováveis, como solar, eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.

Em junho, a varejista também colocou em circulação 14 caminhões elétricos para entregas na cidade e região metropolitana de São Paulo. A iniciativa deve ser expandida para Curitiba e Belo Horizonte ainda neste ano, e o objetivo é chegar a 100% das entregas nas capitais feitas por veículos elétricos até 2025.


ARCO-ÍRIS I

A C&A vai lançar um programa de capacitação voltado para empreendedores LGBTQIA+ que tiveram seus negócios impactados pela pandemia de Covid-19.

Intitulado #TodesNaModa, o projeto visa ajudar profissionais de moda autoral dos segmentos de roupa, calçados e acessórios a desenvolverem novas estratégias para suas marcas. Os selecionados vão passar por uma formação online com foco em marketing digital, identidade e gestão, além de receber R$ 4.000 para investir na empresa.

O projeto foi desenvolvido em parceria com a Criável, empresa de educação de moda sustentável que fará a condução do curso.

As atividades começam em agosto e a seleção dos participantes será por meio de edital. As inscrições abrem nesta segunda (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, no site do Instituto C&A.


ARCO-ÍRIS II

A marca de roupas Levi’s lançou uma coleção para 2021 que terá todo o seu lucro líquido revertido para a OutRight Action International, grupo que defende os direitos das pessoas LGBTQIA+ no mundo.

Além disso, a marca vai abrir espaço em sua rede social para que a cantora Linn da Quebrada, o youtuber Luca Scarpelli (do canal Transdiário), e o ator Tarso Brant usem a plataforma para falar sobre o uso adequado dos pronomes.

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