Embaixador dos EUA no Panamá anuncia renúncia
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O embaixador dos EUA no Panamá, John Feeley, diplomata de carreira e ex-piloto do corpo de fuzileiros navais, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (12), afirmando que não se sente mais apto a servir ao governo do presidente Donald Trump.
"Como um funcionário do serviço exterior iniciante, assinei um juramento para servir fielmente ao presidente e a seu governo de maneira apolítica, mesmo quando eu possa não concordar com certas políticas", disse Feeley, de acordo com um trecho de sua carta de renúncia lida à agência Reuters.
"Meus instrutores deixaram claro que se eu acreditasse que eu não poderia fazer isso, eu estaria forçado pela honra a renunciar. Este dia chegou."
Uma porta-voz do Departamento de Estado confirmou a saída de Feeley, que teria "informado a Casa Branca, o Departamento de Estado e o governo do Panamá sua decisão de se aposentar por motivos pessoais, a partir de 9 de março deste ano".
O sub-secretário de Estado Steve Goldstein afirmou que a saída de Feeley não era uma resposta ao fato de Trump ter usadoo termo "países de merda" para se referir ao Haiti e países africanos em uma reunião na quinta-feira. Após críticas internacionais, Trump negou o uso do termo.
Goldstein afirmou que tinha conhecimento da renúncia de Feeley com 24 horas de antecedência, antes da reunião de Trump, e que seu entendimento era que o embaixador renunciava por "motivos pessoais".
"Todo mundo tem uma linha que não cruzará", afirmou Goldstein. "Se o embaixador sentiu que não podia mais servir, então ele tomou a decisão certa, e nós a respeitamos."