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Papa recomenda psiquiatria para homossexualidade detectada na infância

Francisco diz que pais devem rezar com filhos; Vaticano disse que fala foi mal interpretada

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O papa Francisco, ao lado do porta-voz do Vaticano, Greg Burke, ouve pergunta de jornalista a bordo do avião após visita à Irlanda - Gregorio Borgia - 26.ago.18/Associated Press

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AFP

O papa Francisco recomendou que os pais recorram à psiquiatria quando constatarem tendências homossexuais em seus filhos na infância, em uma entrevista coletiva no avião que o levou de volta a Roma após uma viagem à Irlanda.

Um jornalista perguntou ao pontífice o que diria aos pais que observam orientações homossexuais em seus filhos. 

"Eu diria, em primeiro lugar, que rezem, que não condenem, que dialoguem, que deem espaço ao filho ou filha", respondeu o papa. 

Também afirmou que os pais devem levar em consideração a idade da criança. 

"Quando é observado a partir da infância, há muito que pode ser feito por meio da psiquiatria, para ver como são as coisas. É outra coisa quando se manifesta depois dos 20 anos" disse Francisco. 

"Nunca direi que o silêncio é um remédio. Ignorar seu filho ou filha com tendências homossexuais é uma falha da paternidade ou maternidade", declarou. 

Horas após a declaração, o Vaticano disse que as palavras do pontífice não tinham sido interpretadas corretamente e decidiu tirar a referência à psiquiatria da transcrição oficial da conversa "para não alterar o pensamento do papa", disse um porta-voz à agência de notícias AFP. 

Não é a primeira vez que o Vaticano decide mudar declarações dadas pelo papa na tradicional coletiva que ele dá ao voltar de suas viagens ao exterior.

Segundo o Vaticano, Francisco não quis abordar o tema como uma doença psiquiátrica.

"Quando o papa se refere à 'psiquiatria', é claro que ele faz isso como um exemplo que entra nas coisas diferentes que podem ser feitas", explicou o porta-voz.

"Mas, com essa palavra, ele não tinha a intenção de dizer que se tratava de uma doença psiquiátrica, mas que talvez fosse necessário ver como são as coisas no nível psicológico", acrescentou o porta-voz.

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