Projeto fotográfico mostra 14 megacidades pelo mundo
Próxima etapa de 'Hipercidades' inclui Nova York, Los Angeles e Cidade do México
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Numa viagem de cinco meses, começando e terminando em Istambul, na Turquia, o repórter fotográfico Tuca Vieira percorreu 14 cidades com mais de 10 milhões de habitantes. O resultado está no projeto “Hipercidades”.
“A ideia é trazer um pequeno fragmento de um mundo cada vez mais urbano”, diz.
Nessa primeira etapa, Vieira passou por Hong Kong, Shenzen, Guangzhou, Xangai, Chongqing, Tianjin e Pequim, na China; Bancoc, na Tailândia; Jacarta, na Indonésia; Manila, nas Filipinas, Tóquio e Osaka, no Japão, e Moscou, na Rússia. Juntas, essas megacidades somam 223 milhões de habitantes.
A viagem foi planejada como uma espécie de circuito fechado, no qual a chegada e a saída coincidem, mas sem nunca repetir o mesmo caminho.
“Há aí um sentido poético, pois ida e volta se confundem. O destino é o próprio ponto de partida”, diz o fotógrafo.
Depois de Istambul, Vieira esteve em Bancoc, cidade de maioria budista e que ele classifica como hedonista e libertária. Em Jacarta, localizada no país muçulmano mais populoso do mundo, Vieira se deparou com uma cidade bastante tradicional e com poucos turistas.
Nas Filipinas, ele foi a Manila, de colonização espanhola e maioria cristã. “É como uma metrópole latino-americana deslocada para a Ásia”, diz.
No Japão, encontrou a maior de todas as cidades, Tóquio, com 37,5 milhões de habitantes. Ali, para todo lado que se olha, há cidade. “Do alto, até onde a vista alcança e para além, é como se todo o planeta fosse coberto por este único tecido urbano infinito.”
Em Osaka, o fotógrafo se impressionou com as máquinas: esteiras giratórias para comida, máquinas para pagar estacionamento, jogos eletrônicos e até máquina para trocar dinheiro para usar em outras.
“De tudo o que vi, nada me impressionou tanto como a China contemporânea. Numa visita a Xangai ou a Chongqing, tem-se a impressão de ver a história se desenrolando diante dos olhos, em tempo real. Na China, com seu modelo de desenvolvimento que combina autoritarismo, velocidade e otimismo, finalmente me convenci de que chegamos ao século 21. Fica muito claro que qualquer discussão sobre o futuro da humanidade, seja ela social, política ou ecológica, passa por ali.”
O gigantismo do território russo e os dramas da história acabaram criando Moscou, uma cidade monumental, mas incapaz de esconder por completo dos visitantes seus momentos de delicadeza, relata. “Cúpulas multicoloridas em forma de cebola convivem com a brutalidade de imensos blocos monocromáticos.”
Depois de Moscou, o repórter fotográfico voltou a Istambul, completando o circuito. “Era um misto de estranhamento e familiaridade. Afinal, se a cidade permanecia a mesma, eu, depois de tudo que havia visto, não.”
Na próxima etapa do projeto, ele vai visitar as gigantes da América do Norte: Nova York e Los Angeles, nos EUA, e a Cidade do México.
Os relatos completos do projeto Hipercidades podem ser acessado pelo endereço folha.com/hipercidades.
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