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União Europeia aplica sanções a cidadãos russos e chineses por ciberataques

Bloco toma medidas do tipo pela primeira vez para punir autores de delitos virtuais

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Bruxelas | AFP e Reuters

Em uma decisão inédita, a União Europeia (UE) anunciou sanções nesta quinta (30) a dois chineses e quatro russos, além de um centro vinculado à inteligência russa, sob a acusação de terem lançado ataques virtuais.

"Trata-se de uma resposta à tentativa de ciberataque contra a Opaq [Organização para a Proibição das Armas Químicas]", afirmou o Conselho Europeu em um comunicado.

A tentativa de ataque à Opaq, frustrada pelos serviços de inteligência holandeses em 2018, levou a UE a sancionar dois agentes e dois especialistas em informática do GRU, centro de inteligência militar da Rússia.

Bandeiras da União Europeia na sede da Comissão Europeia em Bruxelas - Yves Herman - 25.jun.20/Reuters

Assim, Alexey Minin, Oleg Sotnikov, Evgenii Serebriakov e Aleksei Morenets não poderão viajar para os países do bloco e seus ativos na UE serão congelados.

A União Europeia acusa o serviço russo de estar ligado a dois ataques virtuais, em junho de 2017, que atingiram várias empresas europeias e geraram prejuízos financeiros, e a outras duas operações que tiveram como alvo o sistema de fornecimento de energia da Ucrânia, em 2015 e 2016.

O bloco também incluiu na lista o Centro Principal de Tecnologias Especiais do GRU pelo ciberataque "NotPetya", em 2017, assim como a entidade chinesa Huaying Haitai e a norte-coreana Chosun Expo pelos ataques que ficaram conhecidos como "Cloud Hopper" e "WannaCry", respectivamente.

O Chosun Expo é suspeito de ter ajudado em uma série de ataques, incluindo um roubo de US$ 81 milhões (R$ 417,5 milhões) da conta do Banco de Bangladesh no Federal Reserve Bank em Nova York.

O grupo coreano também é apontado como participante do ataque ao estúdio Sony Pictures, que tentou impedir o lançamento de um filme de comédia sobre o ditador Kim Jong-un, em 2014.

Os chineses Gao Qiang e Zhang Shilong foram punidos pela acusação de participar da operação "Cloud Hopper", direcionada a sistemas em nuvem de empresas multinacionais na Europa e em outras regiões.

"As medidas são consequência da constante sinalização e determinação da UE (...) para proteger a integridade, segurança, o bem-estar social e a prosperidade de nossas sociedades livres e democráticas", declarou o chefe da diplomacia comunitária, Josep Borrell.

"O preço do mau comportamento está aumentando, porque os 'maus' estavam se safando com muita frequência", disse o ministro holandês das Relações Exteriores, Stef Blok.

Em 2019, a UE estabeleceu um programa de sanções a responsáveis por ciberataques. Embora ainda não tivesse aplicado punições, o grupo havia denunciado ataques da China, da Rússia e da Coreia do Norte.

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