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Mãe pede ajuda, e polícia atira em menino autista nos EUA

Garoto de 13 anos foi baleado várias vezes e está no hospital em estado grave

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Los Angeles | AFP

A polícia de Salt Lake City, no estado de Utah, nos EUA, atirou várias vezes em Linden Cameron, um menino autista branco de 13 anos, após sua mãe ligar pedindo ajuda para lidar com uma crise que a criança estava enfrentando.

O jovem está no hospital em estado grave com ferimentos nos intestinos, na bexiga, no ombro e nos calcanhares, segundo sua mãe, Golda Barton.

Linden Cameron está internado em estado grave - Golda Barton no Facebook

Barton disse à imprensa local que ela ligou para o número de emergência 911, que nos EUA engloba a polícia e serviços de saúde, pedindo uma equipe de intervenção médica, porque o filho estava tendo uma crise de ansiedade. Era a primeira vez que ela voltava ao trabalho em mais de um ano.

Dois policiais responderam ao chamado e, em menos de cinco minutos, já estavam com as armas apontadas para Cameron, gritando para que se deitasse no chão, segundo o relato da mãe. Quando o menino começou a correr, eles disparam várias vezes.

“Eu disse: 'Ele está desarmado, ele só fica bravo e começa a gritar. Ele é uma criança, só quer atenção'”, afirmou Barton. “Eles deveriam resolver a situação com o mínimo de violência possível. Por que não imobilizá-lo? Ele é só uma criança.” A mãe diz que implorou aos policiais para que não atirassem.

"Durante uma curta perseguição a pé, um policial disparou e atingiu o sujeito", disse o sargento da polícia de Salt Lake, Keith Horrocks, em entrevista coletiva. "Ele foi transferido para o hospital em estado grave."

Ainda de acordo com a versão policial, Cameron foi considerado suspeito de fazer "ameaças com uma arma" a conhecidos, mas, segundo Horrocks, nenhuma arma foi encontrada no local.

Os EUA já vivem protestos contra a violência policial após as mortes de cidadãos negros, em atos que começaram após o assassinato do ex-segurança George Floyd por um policial branco durante uma abordagem em Minneapolis, em maio.

As manifestações vinham perdendo força, mas o caso de Jacob Blake, um homem negro que foi baleado várias vezes nas costas por um policial branco em Kenosha, no Wisconsin, no fim de agosto, deu novo fôlego aos atos. ​Agora, o caso de Cameron provocou o clamor de organizações locais de defesa de pessoas com deficiência.

"A polícia foi chamada para ajudar, mas em vez disso o que fez foi causar mais dano", disse a organização Neurodiverse, sediada em Utah.

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