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Afeganistão afirma ter matado líder número dois da Al Qaeda

Abu Muhsin al-Masri integrava lista de terroristas mais procurados do FBI

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Cabul | Reuters

As forças de segurança do Afeganistão dizem ter assassinado o atual número dois da Al Qaeda, Abu Muhsin al-Masri, segundo afirmou a Diretoria Nacional de Segurança (NDS) do país, neste sábado (24).

Integrante da lista de terroristas mais procurados do FBI, a polícia federal americana, Al-Masri foi acusado pelos EUA de fornecer apoio material e recursos a uma organização terrorista estrangeira e de conspirar para assassinar americanos.

Cartaz do FBI mostra Abu Muhsin al-Masri na lista de terroristas mais procurados - Reprodução FBI

Al-Masri era um dos líderes veteranos do grupo terrorista e teria atuado com Osama bin Laden.

De acordo com a NDS, o número dois da Al Qaeda foi morto durante uma operação especial na província de Ghazni, no leste do país. O FBI não quis comentar a morte de Al-Masri. Batizado Husam Abd-al-Ra’uf, ele era conhecido pelo apelido de sua nacionalidade: "al-masri" significa "o egípcio".

No último mês, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que menos de 200 integrantes ativos da Al Qaeda haviam permanecido no Afeganistão.

Outubro marca 19 anos desde que os americanos invadiram o país para derrubar os governantes do Taleban, que abrigaram militantes da Al Qaeda, grupo responsável pelos ataques de 11 de Setembro.

Washington vem gradualmente retirando tropas do país, após assinar acordo com o Taleban, em fevereiro.

Segundo o tratado, forças estrangeiras devem deixar o Afeganistão até abril de 2021. Em troca, talebans deram garantias de que acabariam com os ataques e aceitarariam negociar um cessar-fogo permanente e uma forma de divisão de poder com o governo afegão.

Caso cumpra sua parte no acordo, o grupo islâmico ficará livre de sanções.

O processo de negociação entre os talebans e o Afeganistão foi iniciado em Doha, em setembro. Apesar do diálogo, conflitos aumentaram rencentemente. O objetivo das conversas é encerrar uma guerra de duas décadas que matou dezenas de milhares de combatentes e civis.

As negociações foram adiadas por seis meses devido a profundas divergências sobre uma polêmica troca de prisioneiros entre os rebeldes talebans e o governo.

No acerto, os governos dos EUA e do Afeganistão prometeram ainda libertar 5.000 prisioneiros ligados ao Taleban. Em troca, o grupo deveria soltar cerca de 1.000 presos.

Na sequência, porém, o presidente afegão, Ashraf Ghani, afirmou que não faria nenhuma libertação, e o grupo islâmico condicionou qualquer negociação com o governo afegão à soltura dos prisioneiros acordada com os americanos.

Após resolverem o imbróglio, Taleban e Afeganistão sentaram à mesa com dois grandes desafios pela frente: como incluir o grupo radical islâmico, que rejeitou a legitimidade do governo afegão apoiado pelo Ocidente, em qualquer arranjo de governo e como salvaguardar os direitos de mulheres e minorias, que sofreram sob o domínio dos rebeldes.

Muitos afegãos temem o retorno ao poder, parcial ou total, dos talebans, que já reiteraram o desejo de instaurar um sistema no qual a lei seja alinhada a um islã rigoroso.

Na última semana, o enviado especial dos EUA, Zalmay Khalilzad, disse que o Taleban concordou em "redefinir" seus compromissos num acordo de retirada de tropas e de redução do número de vítimas no país. A guerra afegã provocou dezenas de milhares de mortes, incluindo 2.400 soldados americanos, obrigou a fuga de milhões de pessoas e custou a Washington mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,38 trilhões).

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