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Descrição de chapéu Coronavírus

Para conter repique de Covid-19, premiê da Espanha quer estado de emergência até maio

Itália também endurece regras após seguidos recordes de novas infecções

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Madri e Milão | Reuters e AFP

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou neste domingo (25) que o país entrará em um novo estado de emergência num esforço para conter o aumento das infecções por coronavírus, impondo toques de recolher noturnos e proibindo algumas viagens entre regiões.

"Estamos vivendo uma situação extrema. É a mais séria do último meio século", disse ele.

O estado de emergência precisará de aprovação parlamentar para durar mais de 15 dias, mas Sánchez já pediu ao Parlamento que aprove uma extensão bem mais radical: até 9 de maio do ano que vem.

Homem com máscara passa em frente a bar em Barcelona; estebelecimentos deverão cumprir toque de recolher - Albert Gea - 16.out.20/Reuters

A medida entra em vigor na noite de domingo, e as Ilhas Canárias, onde a incidência do vírus é menor, são a única região em que não haverá toque de recolher das 23h às 6h.

No sábado (24) à noite, ao menos nove regiões pediram ao governo central para declarar estado de emergência —embora algumas cidades e territórios já tenham se adiantado com restrições locais, como Madri, Castilla e León (norte), Valência (leste) e Granada (sul).

A Espanha impôs um dos bloqueios mais rígidos no início da pandemia e depois relaxou as restrições durante o verão. Mas, como muitos outros países europeus, vive um repique de contágios nas últimas semanas e agora tem um dos maiores números de infecções na Europa Ocidental.

O total de casos estava em 1.046.132 no domingo, enquanto o número de mortos se aproximava dos 35 mil, segundo dados compilados pela universidade Johns Hopkins.

Segundo a OMS, neste sábado (24) foram confirmados 465.319 casos de coronavírus no mundo todo, um novo recorde mundial pelo terceiro dia consecutivo (foram 449.720 na sexta e 437.247 na quinta).

Quase metade desses casos foram registrados na Europa, que somou 221.898 novas infecções no sábado. O continente acumula cerca de 9 milhões de contágios e mais de 260 mil mortes em decorrência da doença. Na sexta (23), o diretor da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o hemisfério norte encontra-se em um "momento crítico" da crise sanitária.

Itália também tem repique de casos

Também enfrentando repetidos recordes de taxas diárias de infecção, a Itália voltou a endurecer as medidas para tentar impedir o avanço da doença. ​

Cinemas, teatros, academias e piscinas devem ficar fechados entre segunda-feira (26) e o dia 24 de novembro. Bares e restaurantes não poderão servir os clientes após as 18h, e 75% das aulas em faculdades e universidades continuarão de maneira virtual.

Três regiões com as cidades mais populosas adotaram toque de recolher nos últimos dias: Lazio (Roma, centro), Lombardia (Milão, noroeste) e Campânia (Nápoles, sudoeste). Pelo menos duas outras regiões, Piemonte (norte) e Sicília (sul), seguirão o exemplo durante a próxima semana.

O país registrou um recorde de 20 mil casos em 24 horas no sábado —o que eleva os números da pandemia para mais de 525 mil casos e 37 mil mortes.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse que as medidas visam proteger a saúde pública e a economia e devem permitir que a curva ascendente da epidemia seja controlada nas próximas semanas.

"Achamos que sofreremos um pouco neste mês, mas, cerrando os dentes com essas restrições, poderemos respirar novamente em dezembro", disse. "O objetivo é claro: manter a curva de contágio sob controle, pois é a única maneira de controlar a pandemia sem sermos submersos."

As medidas, porém, não foram bem recebidas. Na noite de sábado e na madrugada de domingo, dezenas de manifestantes de extrema direita protestaram contra o toque de recolher e entraram em confronto com a tropa de choque no centro histórico de Roma.

A Itália, que já foi o país mais atingido pela pandemia no mundo, foi ultrapassada por outros na Europa, incluindo Espanha, França e Reino Unido, mas as taxas de infecção estão subindo novamente, e os serviços de saúde estão sob pressão crescente.

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