FBI acusa 13 homens de planejar sequestro da governadora de Michigan
De acordo com FBI, milícia queria derrubar governo estadual e criar sociedade na qual poderiam ser 'autossuficientes'
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Treze homens foram acusados de planejar, junto a uma milícia, o sequestro da governadora de Michigan, a democrata Gretchen Whitmer.
De acordo com uma queixa criminal apresentada em um tribunal federal e revelada nesta quinta-feira (8), eles discutiam derrubar o governo e manter Whitmer como refém ao menos até o verão nos EUA.
Muitos deles falaram sobre criar uma sociedade na qual poderiam ser "autossuficientes", e um dos homens disse que queria 200 pessoas para atacar a sede do governo estadual, na cidade de Lansing.
Eles se reuniram durante este verão no hemisfério norte para treinamento com armas de fogo, exercícios de combate e fabricação de explosivos, afirmou o agente especial do FBI Richard J. Trask II.
Em julho, um dos homens disse que o grupo deveria sequestrar Whitmer, uma crítica do presidente americano, Donald Trump, e levá-la a um "lugar seguro" no estado de Wisconsin para um "julgamento".
Membros da milícia vigiaram a casa de férias da governadora em agosto e em setembro e indicaram que queriam fazê-la refém antes da eleição presidencial, marcada para o dia 3 de novembro.
O FBI afirma acreditar que os homens planejavam comprar explosivos nesta semana para realizar uma tentativa de concretizar o plano. Parte da informação presente na queixa criminal estava em mensagens criptografadas interceptadas pela polícia e também foi obtida por agentes disfarçados e informantes.
"Nossos esforços descobriram planos elaborados para colocar em risco a vida de funcionários do governo, das forças de segurança e de mais gente", disse a procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel.
Seis dos homens foram acusados de conspiração para realizar sequestro, o que pode gerar condenação a prisão perpétua. Segundo Nessel, sete homens ligados a uma milícia chamada Wolverine Watchmen também foram indiciados sob suspeita de violarem a legislação antiterrorismo com conspiração para sequestrar a governadora e disseminar violência.
"Os indivíduos sob custódia são suspeitos de tentar identificar o endereço das casas de oficiais das forças de segurança para transformá-los em alvos e fazer ameaças de violência para provocar uma guerra civil", disse ela.
Em uma entrevista coletiva, Whitmer acusou Trump de encorajar grupos extremistas como os "homens doentes e depravados" que a visavam, citando como exemplo o fato de ele não ter condenado supremacistas brancos durante o debate contra Joe Biden.
“Quando nossos líderes encorajam terroristas domésticos, quando se reúnem e confraternizam com essas pessoas, eles legitimam suas ações e são seus cúmplices”, disse Whitmer.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, rebateu as declarações dizendo que Trump condena todas as formas de ódio.
"A governadora Whitmer está semeando divisão ao fazer essas alegações grotescas", afirmou McEnany em um comunicado.
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