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Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Israel anuncia morte de mais terroristas em 3º dia de operação na Cisjordânia

Ação criticada por comunidade internacional já deixou 20 palestinos mortos; 13 eram combatentes, segundo Hamas e Jihad Islâmico

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jenin (cisjordânia) | AFP

Israel anunciou nesta sexta-feira (30) que matou três combatentes Hamas na Cisjordânia ocupada, elevando a 20 o total de óbitos palestinos desde o início da operação militar de Tel Aviv no território, na quarta (28).

Mulher no campo de refugiados de Nur Shams, perto de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, observa enquanto escavadeiras de Israel cavam o asfalto diante da porta de sua casa após operação militar - AFP

Ainda de acordo com o Estado judeu, um desses três mortos é Wassem Hazem, chefe do grupo terrorista em Jenin. Os outros dois integrantes da organização tentavam escapar de um carro quando foram atacados por um drone. Armas, explosivos e grandes somas de dinheiro foram encontrados no veículo.

Antes, na quinta, Israel havia divulgado a morte de sete combatentes, dois em Jenin e cinco em uma mesquita no campo de refugiados de Nur Shams. Entre os mortos no campo estava o comandante de outra facção palestina, o Jihad Islâmico, Muhammad Jaber, também conhecido como Abu Shujaa.

O número de óbitos desde o início da incursão foi confirmado pela Autoridade Palestina, que controla parte da região. Os próprios Hamas e Jihad Islâmico admitiram que 13 deles eram combatentes de seus respectivos braços armados.

A operação de Tel Aviv tem envolvido bombardeios e incursões de comboios blindados a cidades como Jenin, Nablus, Tubas e Tulkarem, além de dois campos de refugiados, Nur Shams e Fara. Segundo as forças israelenses, ela busca desmobilizar uma suposta "frente terrorista oriental" que estaria sendo estabelecida pelo Irã na região.

A ofensiva militar, que acontece em paralelo à guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, tem sido alvo de críticas da comunidade internacional.

A ONU, por exemplo, disse que ela "alimenta uma situação já explosiva" no território.

"Muitos palestinos inocentes morreram", lamentou a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata do Partido Democrata à Presidência do país, Kamala Harris, em uma entrevista ao canal CNN na quinta (29). Ela disse, porém, que o país continuará a fornecer armas a Israel, aliado histórico dos EUA no Oriente Médio, se for eleita presidente em novembro.

Já nesta sexta, o Reino Unido disse estar "profundamente preocupado com os métodos usados por Israel" e com os relatos de civis mortos. A França afirmou que as operações "agravam o clima de instabilidade e violência inéditos" na área, e a Espanha classificou a situação como inaceitável.

Incursões das tropas de Tel Aviv a zonas autônomas palestinas na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, eram frequentes desde antes da guerra em Gaza.

Mas a invasão da faixa, desencadeada após os atentados do Hamas contra o sul de Israel que deixaram pelo menos 1.200 mortos, também intensificou a violência na Cisjordânia.

Uma contagem da ONU divulgada na quarta indica que ao menos 637 palestinos morreram na região em decorrência de ações do Exército ou de colonos israelenses desde o 7 de Outubro. Já Israel calcula que tenha havido 19 mortes de israelenses no território ao longo do mesmo período.

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