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PT fixa cartazes em campanha contra prisão de Lula

Frente Brasil Popular programa para esta semana atividades de apoio ao petista

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Catia Seabra
São Paulo

Dando início ao que chamam de jornada de lutas, militantes petistas e do PCO iniciaram neste domingo (18) uma campanha contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram fixados cartazes na avenida Paulista, em São Paulo, com a inscrição "Não à prisão de Lula", "Abaixo o golpe".

Cartazes de apoio ao ex-presidente Lula são colados em muros da avenida Paulista, em São Paulo - Divulgação nas redes sociais

Sobre a mensagem, uma fotografia de Lula. Chamados de "lambe", esses cartazes foram colados em muros e postes ao lado da Fiesp, além de bairros do centro de São Paulo. O calendário para fixação e os cartazes foram definidos na sexta-feira (16) durante reunião com dirigentes do PT.

Presente à reunião, o ex-ministro e vice-presidente do PT Alexandre Padilha incentivou os militantes do partido à panfletagem, afirmando que a luta se dará nas ruas e os petistas não se envergarão. "Nós  vamos até o fim. Eles vão ter que arrancar o Lula. Nós vamos estar lá juntos", disse Padilha, após listar ações previstas para a semana.

"A primeira tarefa que vocês vão ter é no dia 22 encher aquela Casa de Portugal", disse Padilha, em referência à celebração dos 38 anos do PT.

Essa agenda foi estabelecida durante reunião no dia 1º de fevereiro com a presença da presidente nacional do PT, senadora Gleisi  Hoffmann (PR). Como a Folha antecipou, nesse encontro, a Frente Brasil Popular programou para esta semana uma série de atividades contra a prisão de Lula.

Nessa reunião, apoiadores de Lula escolheram a semana de 19 a 23 de fevereiro para uma "jornada nacional de lutas contra o fim da aposentadoria e contra a perseguição a Lula". Entre as atividades, um acampamento permanente em São Bernardo e "uma campanha nacional de pichação e colagem de lambe".

CONDENAÇÃO

O ex-presidente Lula teve sua condenação confirmada no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) no dia 24 de janeiro. Os juízes votaram por aumentar a pena do petista para 12 anos e um mês de prisão. Em julho de 2017, o juiz Sergio Moro havia determinado nove anos e seis meses de prisão.

Na ação apresentada pelo Ministério Público Federal, Lula foi acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras. O valor, apontou a acusação, se referia à cessão pela OAS do apartamento tríplex ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora nesse imóvel e ao transporte e armazenamento de seu acervo presidencial (este último
ponto rejeitado por Moro).

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