Na fronteira, Lula diz que poderia ir ao Uruguai, mas não irá
'Quem vai sair do país são meus acusadores', afirma o ex-presidente
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Em visita à fronteira com o Uruguai, o ex-presidente Luiz Inácio Lula disse nesta segunda-feira (19) que não quer falar sobre seus processos na Justiça e que poderia "dar um pulo" no país vizinho, o que não faria.
Ele participou de um evento na praça Internacional, no município gaúcho de Santana do Livramento, com os ex-presidentes do Uruguai Pepe Mujica e do Equador Rafael Correa.
“Estou sendo processado. Poderia dar um pulo ali. Não dou. Mais dia menos dia, quem vai sair do país são meus acusadores”, brincou.
O petista levou um puxão de orelha do ex-presidente uruguaio, que disse ser necessário fortalecer os partidos. “As mudanças não podem se respaldar em uma figura só”, afirmou.
O ex-presidente do Uruguai pregou a união da esquerda. Segundo ele, “sem unidade não há poder”. “Sorte que têm Lula. Mas, na luta, não terão Lula eternamente”.
“Temos que aprender em toda a América Latina que sem unidade não há poder.”
O uruguaio disse ainda que os partidos de esquerda têm que cuidar enormemente da conduta dos que os representam. “Se pregamos por igualdade temos que viver como o povo e não como uma minoria privilegiada”, disse ele, antes de seu discurso ser interrompido por uma queda de luz.
A atividade --segundo ponto da caravana de Lula no Rio Grande do Sul-- foi suspensa por dez minutos devido à falta de luz que atingiu a praça.
Ao assumir o microfone, Lula recorreu ao seu mantra: de que tem 72 anos de idade; energia de 30 e tesão de 20.
“Se me deixarem, se for possível, e até quando o partido quiser, serei candidato a presidente”.Lula disse ter se inspirado no exemplo de Mujica em muitas coisas, como a força ideológica e a honradez.
Lula afirmou ainda que seu problema é pequeno em comparação ao enfrentado por brasileiros. Correa discordou: “Uma injustiça que se comete contra um homem se comete contra a humanidade”.