Gilmar Mendes manda soltar Paulo Preto horas depois de nova prisão

Apontado como operador do PSDB, ele já tinha recebido habeas corpus do ministro do STF em maio

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Letícia Casado
Brasília

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes concedeu habeas corpus a Paulo Vieira, conhecido como Paulo Preto, apontado pela Lava Jato como operador do PSDB.

​​O magistrado também concedeu habeas corpus de ofício para a filha de Vieira, Tatiana Arana de Souza Cremonini.

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa - Sergio Lima - 2012/Folhapress

Ex-diretor da Dersa, Paulo Preto foi preso preventivamente em 6 de abril pela Lava Jato em São Paulo. No começo de maio, Gilmar concedeu habeas corpus.

Ele foi preso novamente nesta manhã e, no início da noite, o ministro voltou a decidir em favor do habeas corpus.

"Do exposto, defiro o pedido de liminar para suspender a eficácia do novo decreto de prisão preventiva, expedido em 29.5.2018", escreveu o magistrado. 

Segundo ele, Paulo Preto "deverá ser posto em liberdade, se por algum outro motivo não estiver preso". 

"Comunique-se, com urgência, ao Juízo da 5ª Vara Federal Criminal da 1ª Subseção Judiciária de São Paulo/SP", escreveu o ministro. 

"Por fim, com relação à filha do ora paciente, também verifico assistir razão à defesa ao sustentar a presença de constrangimento ilegal a ser reparado na presente via. Reitero que as testemunhas arroladas pela acusação já foram inquiridas", afirmou.

Segundo o texto, na fase atual, "dificilmente a defesa teria poder para colocar em risco a instrução criminal". "Ausente, portanto, fundamento idôneo a justificar a prisão preventiva da ré Tatiana Arana de Souza Cremonini. Desse modo, concedo habeas corpus de ofício em favor da filha do paciente, para suspender a eficácia do decreto preventivo de 29.5.2018, se por algum outro motivo não estiver presa", destacou.​

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