Descrição de chapéu Eleições 2018

Ministro do TSE proíbe propaganda do PT contra Bolsonaro

Propaganda da campanha de Haddad dizia que o adversário votou contra Lei Brasileira de Inclusão (LBI)

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Letícia Casado
Brasília

O ministro Sergio Banhos, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), proibiu, nesta segunda (15), a campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT) de veicular propaganda eleitoral na TV na qual diz que o adversário Jair Bolsonaro (PSL) votou contra Lei Brasileira de Inclusão (LBI).

O magistrado entendeu se tratar de fake news.

Ele atendeu a um pedido da defesa de Bolsonaro, que alega que a informação é "sabidamente" inverídica, pois a lei foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados.

Fernando Haddad durante encontro com professores na APEOESP, nesta segunda (15), em São Paulo - Marlene Bergamo/Folhapress

"Em face desses fatos, portanto, ao menos em juízo de cognição sumária, entendo que se extraem da propaganda eleitoral impugnada elementos suficientes à configuração da alegada transgressão, porquanto se depreende da propaganda em evidência a publicação de fato sabidamente inverídico (fake news) capaz de desequilibrar a disputa eleitoral, consistente na divulgação de que o candidato representante votou contra a LBI", escreveu o ministro na decisão.

Segundo os advogados Tiago Ayres e Karina Kufa, a lei foi aprovada com unanimidade e Bolsonaro só teria votado contra um único destaque, relativo à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência", que ao fim foi aprovado pela maioria dos deputados.

O ministro mencionou que Bolsonaro e Haddad trataram do assunto em rede social.

"É fato notório que em live transmitida em suas redes sociais, na noite de 14.10.2018, o representante [Bolsonaro] acusou o candidato Haddad de desinformar os eleitores ao afirmar que, na qualidade de deputado, havia o mesmo votado contra a criação da LBI. Também é certo que, nesse mesmo domingo, a equipe de Haddad retirou do ar postagem no Twitter que criticava Bolsonaro por supostamente ter votado contra a referida lei. Segundo a imprensa, a campanha de Haddad, nos moldes de verdadeira retratação, afirmou ter corrigido o tuíte que mais cedo havia saído "impreciso"", escreveu Banhos.

Nesta segunda (16), o também ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Horbach, suspendeu links de sites e redes sociais com a expressão "kit gay", usada por Bolsonaro para atacar Haddad.

Ele atendeu a um pedido da defesa de Haddad, que alega que a informação é sabidamente inverídica. 

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