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Descrição de chapéu Eleições 2020

PF faz operação para apurar ação de milícia em favor de candidatas no Rio

Dois de dez investigados são apontados como fundadores da Liga da Justiça, organização criminosa que atua na zona oeste

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Rio de Janeiro

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (12) operação para apurar a ação de uma milícia em favor de três candidatas nas eleições do Rio de Janeiro, entre elas Suêd Haidar, que tenta a prefeitura da capital fluminense pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira).

Além dela, sua candidata a vice, Jéssica Natalina, e a candidata a vereadora Carminha Jerominho, seriam as beneficiadas.

São dez investigados. Dois deles apontados como fundadores da Liga da Justiça, organização criminosa com atuação na zona oeste da cidade.

Embora a PF não divulgue os nomes, estão entre os alvos da operação os irmãos José Guimarães Natalino e Jerônimo Guimarães Filho —ele é pai de Carminha e tio de Jéssica.

Nas casas de dois dos investigados foram apreendidos cerca de R$ 320 mil em dinheiro, além de US$ 2.500, máscaras personalizadas e outros materiais de campanha.

Superintendente da PF, Tácio Muzzi afirma que a investigação, ainda em curso, nasceu depois de relatórios de inteligência financeira detectarem “movimentações financeiras atípicas” nas empresas ligadas aos investigados em um total de R$ 1 milhão.

Ainda que sem citar nomes, a PF informou que dois investigados já foram presos em operações passadas e que, por serem fichas sujas, teriam lançado parentes para retomada de poderio político na zona oeste da cidade.

O marido de Jéssica, que é policial militar, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e munição.

Carminha Jerominho em vídeo divulgado em 2016 - Reprodução

O superintendente da PF destacou o caráter preventivo da operação, na tentativa de impedir coação de eleitores. “A intenção é garantir a liberdade dos eleitores”.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em residências, comitês eleitorais e empresas ligadas aos investigados. Os mandados foram expedidos pela 16ª Zona Eleitoral.

A lei proíbe a prisão de candidatos nos 15 dias que antecedem as eleições. Os eleitores não podem ser presos a menos de cinco dias da votação.

O nome da operação faz alusão ao poeta e legislador grego que criou a Eclésia, a assembléia popular de Atenas apontada como o berço da democracia.

Em nota, o PMB afirmou ser ficha limpa e democrático nas suas filiações, nominatas e candidaturas, desde que sejam validadas e aprovadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

“Estamos à disposição da Justiça para apuração de fatos que envolvam candidatos da nossa legenda. Hoje já somos mais de 1050 candidatos em todo Brasil e lutamos pelo combate à corrupção”, diz a nota.

Candidata à Prefeitura do Rio, Suêd Haidar afirmou, também em nota, que “apoia a operação, o Estado democrático de Direito, investigações policiais e reforça o compromisso com a Constituição que assegura o contraditório e ampla defesa a todos, não sendo a mesma alvo de nenhuma investigação”.

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