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Prefeitos da Grande SP conseguem reeleição no primeiro turno

Campanhas milionárias e coligações amplas favoreceram mandatários na região metropolitana

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São Paulo

Dos 22 prefeitos da Grande São Paulo que buscavam a reeleição em 2020, 13 tiveram sucesso nas urnas neste domingo (15) e garantiram vitória no primeiro turno.

Em São Bernardo do Campo, Orlando Morando, se reelegeu com 67,28% dos votos válidos. A disputa na cidade foi marcada pela polarização entre o tucano e o ex-prefeito Luiz Marinho (PT), que ficou em segundo lugar com 23% dos votos.

Na campanha, Morando entrou com duas ações judiciais contra o petista por danos morais e dois pedidos de explicação por difamação e calúnia. Na terça-feira (10) a Justiça eleitoral determinou apreensão de material da campanha petista ofensivo ao tucano.

Outro político do PSDB reeleito na região do Grande ABC foi Paulo Serra, em Santo André, que obteve 76,85% dos votos com 98% das urnas apuradas.

Em comum, os dois prefeitos conseguiram aglutinar grandes arcos de aliança, com partidos de centro, centro-direita e direita. Morando foi o prefeito em reeleição que conseguiu formar a maior coligação na região metropolitana, com 18 partidos. Serra era apoiado por 11 siglas, incluso aí o PSDB.

O amplo apoio também se refletiu em recursos para a campanha. Em São Bernardo, o prefeito recebeu mais de R$ 4,538 milhões, ante pouco mais de R$1 milhão da campanha do segundo colocado na disputa, o ex-prefeito petista Luiz Marinho.

Em Santo André, Serra teve uma campanha com cerca de R$ 3,8 milhões, enquanto o segundo lugar na disputa, Bete Siraque (PT), recebeu R$ 586 mil.

Em termos de feitos no primeiro mandato, os dois destacaram investimentos na área da saúde. Entre as promessas para o segundo mandato está a recuperação econômica no pós-pandemia.

A reeleição dos dois tucanos confirma os números obtidos em pesquisas do Instituto Ibope, com margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em São Bernardo do Campo, em levantamento feito com 602 eleitores, nos dias 7 e 9 de novembro, Morando aparecia com 53% das intenções de voto. Em Santo André, Serra aparecia com 57% das intenções de voto na pesquisa feita entre os dias 1 e 3 de novembro com 602 votantes.

Na região metropolitana, outros prefeitos conseguiram mais quatro anos no cargo. Entre eles estão o prefeito de Osasco, cidade com segundo maior PIB , Rogério Lins (Podemos), com 60,94% dos votos válidos, com 99,86% das urnas apuradas.

Ex-vereador da cidade, ele consolidou uma coligação com 15 partidos e conseguiu mais de R$2,7 milhões para a campanha.

Uma conquista destacada por ele no primeiro mandato foi o avanço da cidade na nota do Ideb (Índice de Desenvolvimento na Educação Básica). Entre os desafios estão as enchentes, problema que Lins promete resolver concluindo as obras deixadas por gestões passadas.

Em Francisco Morato, a prefeita Renata Sene (Republicanos) também conseguiu a reeleição, com 86,99% dos votos válidos. Moradores destacam que ela concluiu obras paradas na cidade. Para o segundo mandato, Sene promete buscar recursos para um programa habitacional.

Entre as cidades da região que terão segundo turno está Guarulhos, município com segunda maior população do estado de São Paulo, atrás apenas da capital. A disputa será entre o atual prefeito e candidato à reeleição Gustavo Henric Costa (PSD), o Guti, e o ex-prefeito Elói Pietá (PT).

No primeiro turno, Guti obteve 45,66% dos votos válidos contra 32,24% de Pietá, com 99,55% das urnas apuradas.

Em Mogi das Cruzes, mesmo com uma coligação de 15 partidos e mais de R$ 1 milhão na campanha, o atual prefeito Marcus Melo (PSDB) não conseguiu evitar o segundo turno, que não acontecia na cidade desde o ano 2000. O tucano obteve 42,29% dos votos válidos, e enfrentará o vereador Caio Cunha (Podemos), que recebeu 28,31%.

Em Taboão da Serra, haverá segundo turno entre o tucano Daniel Bogalho que obteve 33,42% dos votos válidos e o deputado estadual Aprígio da Silva (Podemos), que obteve 32,01%.

Em 2016, o PSDB conquistou 10 prefeituras na região, oito delas já no primeiro turno, além da capital. O segundo melhor resultado foi obtido pelo PL, antigo PL, com 5 prefeituras já no primeiro turno e mais uma no segundo, e pelo PSB, que elegeu três prefeitos em primeiro turno e outros dois no segundo. Dentre os prefeitos eleitos, quatro eram mulheres e 2 se declaram como pardos. ​

Colaboraram Daniela Arcanjo e Flávia Faria

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