Professor Emerson vence eleição para prefeito em Jaboticabal
Político do Patriota foi eleito na sua terceira tentativa de chegar ao cargo
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Na sua terceira tentativa de ser prefeito de Jaboticabal, Emerson Camargo (Patriota), 41, conseguiu enfim vencer a eleição na cidade e assumirá o cargo em 2021 (veja os dados completos para prefeito e vereadores).
O vencedor no pleito deste domingo enfrentou uma campanha em que ele foi o alvo principal dos rivais. Jaboticabal, (a 342 km de São Paulo), com 77,6 mil habitantes, teve cobertura integral da Folha na eleição 2020.
Em segundo lugar na eleição ficou o atual vice-prefeito, Vitorio de Simoni, 46, seguido pelo ex-secretário da Saúde Professor João, 56, o ex-prefeito Baccarin, 63, e Bolsonaro, 58.
“É um misto de sentimentos, porque foi uma caminhada longa, que começou lá em 2004 quando eu sai candidato a vereador a primeira vez, não tive sucesso. Sempre batendo em propostas, nunca em promessas”, disse Emerson à Folha.
Eleito vereador em 2008, Emerson tentou pela primeira vez ser prefeito na eleição seguinte, quando obteve 18,7% dos votos e ficou na terceira posição.
Com a vitória agora, o candidato, que é professor, superou a derrota por 276 votos de diferença para o atual prefeito, José Carlos Hori (Cidadania), em 2016, quando alcançou 36,07% dos votos válidos.
Em suas caminhadas e visitas de campanha, ele dizia aos eleitores que não queria que o cenário da última eleição se repetisse. Chegou a ouvir de um eleitor na última quarta-feira (11) que ele não venceu em 2016 porque não se dedicou mais à campanha.
Ele refutou o argumento e disse que tinha trabalhado demais, e que venceria neste ano. Nas duas últimas semanas, teve em média 15 compromissos diários de campanha, como conversas com operários em fábricas e visitas em bairros, além de lives diárias feitas numa produtora.
Durante a celebração da vitória em seu comitê, ele disse que era preciso atender as necessidades mais básicas da população de Jaboticabal a partir de janeiro, e que o governo terá de criar mecanismos para combater os efeitos da pandemia do novo coronavírus na saúde e na economia.
Enquanto candidatos a vereador, cabos eleitorais e membros da campanha comemoravam a vitória a partir dos resultados extraoficiais divulgados, com interdição da rua em frente ao comitê eleitoral, Emerson evitava a euforia e passou a maior parte do tempo dentro do imóvel utilizado como QG da campanha.
Mas depois celebrou com champanhe e discursou as cerca de 150 pessoas que ali estavam.
O novo vice-prefeito a partir de 2021, Nelsinho Gimenez (Patriota), 40, deve ocupar um cargo no secretariado de Emerson, que disse querer economizar recursos com cargos comissionados.
A perspectiva, segundo o vice, é que ocupe a Secretaria da Agricultura ou da Indústria e Comércio, embora tenha ligação também com o esporte, pois é presidente do Jaboticabal Atlético, time que tenta voltar a disputar competições oficiais da Federação Paulista de Futebol.
Quatro dos cinco candidatos votaram logo na manhã deste domingo. O primeiro foi Baccarin, que esteve às 10h na escola Joaquim Batista, seguido por Marcos Bolsonaro e Professor João. Depois, foi a vez de Emerson votar, na escola Walter Barioni, no final da manhã. No início da tarde, Vitorio votou na escola Coronel Vaz.
O resultado das urnas destoou, pela primeira vez, da votação paralela feita num bar de Jaboticabal. O comerciante Rubens Toledo Junior coloca uma urna no estabelecimento para que os frequentadores do bar escolham seu candidato já há cinco eleições.
Com 227 votos, Vitorio obteve 30,4%, seguido por Emerson (28,2%), João (13,2%), Bolsonaro (8%) e Baccarin (4,4%). Outros 15,8% colocaram a “cédula” em branco na urna.
“É uma brincadeira que fazemos, e ver tanta gente votando em branco numa brincadeira foi algo diferente. Preocupa esse total”, disse.
Em entrevista à Folha durante a apuração, o futuro prefeito disse que os votos em branco e as abstenções o preocuparam.
“A não participação dos eleitores, não só em Jaboticabal, mas no país todo, fragiliza o processo eleitoral”, disse.
Ele afirmou que deseja iniciar a transição de governo o mais rápido possível para que sua equipe tome conhecimento da situação financeira e administrativa da prefeitura.
Conhecida como Athenas Paulista, também já chamada de Cidade das Rosas e de Cidade da Música, Jaboticabal foi escolhida pela Folha por apresentar uma campanha que prometia ser parelha, pelo fato de a cidade não ter horário eleitoral gratuito na TV --o que a diferenciava das disputas nos grandes centros-- e por ter uma atuação restrita da imprensa profissional.
Terceira maior cidade da região administrativa de Ribeirão Preto, Jaboticabal também teve ingredientes políticos que tornavam a cobertura interessante jornalisticamente: a base do governo rachada em duas candidaturas (João e Vitorio), um ex-prefeito na disputa (Baccarin), um candidato que pela terceira vez tentava ser prefeito (Emerson) e um integrante da família Bolsonaro (Marcos Bolsonaro).
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