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De 'ESG' a 'bioeconomia,' entenda o novíssimo vocabulário ambiental

Glossário traz lista de termos cada vez mais presentes no dia a dia de empresas, governos e cidadãos

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Marcelo Oliveira
São Paulo

Glossário traz lista de termos, conceitos e eventos cada vez mais presentes no dia a dia de empresas, governos e cidadãos.

Acordo de Paris
Assinado em 12 de dezembro de 2015 durante a COP 21 (21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) na capital francesa, o Acordo de Paris é um compromisso firmado por 195 países que entrou em vigor em 4 de novembro de 2016 com metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa e para desacelerar o aquecimento global, mantendo-o abaixo de 2°C em relação à temperatura global do período pré-industrial. O Brasil assinou e ratificou o acordo em 2016.

Agrofloresta 
É a convivência entre hortas, pastos, pomares e/ou criações de animais com a floresta. Assim é possível plantar e criar espécies sem derrubar a mata e recuperá-la de forma sustentável. Nesta forma de manejo, a vegetação nativa é permanente e as demais culturas sazonais.

AgTechs
São empresas que promovem inovações no agronegócio por meio de novas tecnologias aplicadas no campo, que envolvem desde softwares para o setor, como iniciativas para criar soluções em energia limpa, controle ambiental e aproveitamento de resíduos.

Aquecimento global
É o aumento da temperatura média do planeta causado pela emissão de gases que aumentam o efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). Atividades humanas como o uso de combustíveis de petróleo, queimadas e o desmatamento contribuem para o aquecimento global. Entre as consequências estão a redução das geleiras, invernos mais rigorosos, secas intensas, ondas de calor e a elevação do nível dos oceanos. Nos últimos cem anos, a temperatura da Terra subiu 0,8°C. Os dez anos mais quentes coincidem com o período de 2011 a 2020.

Biocompostável ou compostável
É uma evolução do biodegradável, pois, além de se degradar, o material servirá para nutrir a terra. O resíduo que se forma na composteira serve de adubo.

Biodegradável
Aquilo que é natural o suficiente para se degradar, desfazer ou apodrecer de forma fácil, natural e gradual. Produtos biodegradáveis são capazes de ser decompostos rapidamente por bactérias, por exemplo, e se tornarem terra novamente. O processo de degradação pode levar dias, meses ou anos. Uma casca de banana pode levar até dois anos para se decompor num aterro sanitário. Já um saco plástico pode levar até 400 anos.

Biodesign
Integração do design com sistemas biológicos, utilizando organismos vivos no projeto e a forma como interagem naturalmente e provocam mudanças nos ecossistemas dos quais fazem parte.

Biodiversidade
Conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes no planeta: plantas, animais, microrganismos. Não se sabe ao certo quantas espécies animais e vegetais existem no mundo, mas estimativas apontam entre 10 e 50 milhões. A poluição, o desmatamento, o uso predatório dos recursos naturais e o crescimento desordenado das cidades são as maiores ameaças à biodiversidade.

Bioeconomia
Também conhecida como economia sustentável, usa recursos renováveis para tornar sustentáveis processos ou produtos, gerando oportunidades de mercado para pequenos negócios nas áreas de agricultura, extrativismo e gastronomia, por exemplo. A substituição de combustíveis fósseis (petróleo e gasolina) por energia limpa (obtida com fontes renováveis) e embalagens de papel e plástico biodegradáveis são exemplos de processos e produtos bioeconômicos.

Composteira
Equipamento de uso doméstico que transforma lixo orgânico (casca de frutas, restos de alimentos, palha, folhas secas, pétalas de flores) em adubo por meio de um processo bioquímico natural, com o uso de minhocas. O processamento feito na composteira não causa odor, desde que realizado com os resíduos orgânicos corretos.

COP 26
É a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Estava prevista para acontecer no ano passado, mas foi adiada para o período de 1º a 12 de novembro deste ano, em Glasgow, Escócia (Reino Unido). Além de chefes de estado, também participarão especialistas em mudanças climáticas e negociadores. O principal objetivo das discussões é acelerar o combate ao aquecimento global.

Créditos de carbono
Medida usada para calcular se um país está reduzindo as emissões de GEE (gases de efeito estufa). Cada unidade de crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2eq (dióxido de carbono equivalente). Quanto mais um país reduz a emissão de GEE, mais créditos de carbono terá e poderá comercializar esses créditos com países que não o fizeram.

Crise hídrica
Refere-se a reduções drásticas no abastecimento de água em grandes centros urbanos. A causa deste tipo de situação não se resume apenas à irregularidade de chuvas e tem influência direta de fatores como má gestão dos recursos hídricos, falta de investimento em infraestrutura, ausência de campanhas para o consumo racional de água, o não uso de fontes alternativas aos reservatórios de água e o descontrole ambiental, com crescentes taxas de desmatamento e índices de poluição.

Cúpula do Clima
Evento realizado em abril deste ano realizado por iniciativa do presidente americano, Joe Biden, que contou com a presença de líderes de 40 países, numa preparação para a COP 26.

Ecodesign
Também chamado de design sustentável ou design ecológico, refere-se à criação de ambientes, ao desenvolvimento de produtos e à execução de serviços capazes de reduzir o uso dos recursos não renováveis ou minimizar seu impacto ambiental durante o ciclo de vida. Criar produtos de baixo impacto ambiental com mínimo gasto de energia, que durem mais tempo e gerem menos resíduos, são alguns dos princípios do ecodesign.

Economia circular
Conceito que se baseia nos quatro erres: Redução, Reutilização, Recuperação e Reciclagem de materiais e energia. Este modelo econômico se opõe ou substitui o conceito de economia linear, que prevê o fim de vida de um bem de consumo e o seu descarte. Na economia circular a ideia é que os produtos formem um ciclo completo, sendo reutilizados, restaurados ou renovados ao final.

Economia verde
A expressão surgiu em 2008 quando o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançou a iniciativa economia verde, definida como “uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz os riscos ambientais e a escassez dos recursos naturais”. São características dessa nova economia: baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos naturais e inclusão social.

Eletromobilidade
Formas e meios para que pessoas e cargas se movimentem no espaço urbano utilizando veículos elétricos (ou híbridos) individuais (bicicletas, patinetes, motos, carros) ou coletivos (ônibus, caminhões, trens). A eletromobilidade também inclui a infraestrutura (pontos de recarga) e toda a tecnologia para a utilização destes sistemas e veículos.

Energia limpa
Aquela que não libera, ao ser produzida ou consumida, resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global. São “limpas”, a energia eólica (do vento), solar e das marés, além dos gases e combustíveis não oriundos da destilação de petróleo, como o biogás, etanol e biodiesel. Principal matriz consumida do Brasil, a energia hidrelétrica, apesar de não queimar petróleo ou carvão, gera dióxido de carbono e metano em virtude da decomposição da matéria orgânica no fundo dos reservatórios e da decomposição da vegetação coberta parcialmente pela linha d´água.

Energia renovável
É aquela que vem de fontes naturais que se reabastecem ou não se esgotam, como o vento, a força da correnteza dos rios ou das marés e a energia do calor do interior da terra (geotermal ou geotérmica). As principais fontes de energia renovável usadas na produção de energia elétrica são a energia hidroelétrica e a biomassa (carvão vegetal e lenha). Elas se opõem a fontes que existem em quantidade limitada na natureza, como o petróleo, o carvão mineral, o urânio e o gás natural.

ESG
A sigla ESG vem do inglês Environmental, Social e Governance (ambiental, social e governança corporativa) e dá nome a um índice aplicado para avaliar se uma empresa cumpre esses três princípios. O critério “E” avalia qual o impacto de uma companhia na natureza, o “S” se a empresa viola direitos humanos e dos trabalhadores, enquanto o “G” analisa se a empresa adota boas práticas de gestão, como o compliance no combate à corrupção.

Estado de emergência climática
Termo atribuído ao ambientalista Lester Brown e que teve seu alcance ampliado pelo ex-vice presidente americano Al Gore no documentário “Uma Verdade Inconveniente”. Atualmente é usado para apontar a extrema gravidade da ameaça representada pelo aquecimento global e exigir a adoção de medidas para reduzir as emissões de carbono a zero num prazo determinado, além de exercer pressão política sobre governos para que tomem consciência sobre a situação de crise ambiental.

Floresta primária
Também conhecida como floresta nativa ou virgem, é aquela que nunca sofreu perturbações significativas nem nunca foi explorada, perturbada ou sofreu influência direta ou indireta do ser humano. Geralmente têm uma diversidade de espécies maior que florestas que sofreram com incêndios ou desmatamento.

Fundo Amazônia
Criado em 2008, o Fundo Amazônia capta doações de países estrangeiros e organizações internacionais para projetos de preservação, monitoramento e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. O maior financiador é a Noruega, que já doou R$ 3,1 bilhões. O governo federal paralisou as ações financiadas pelo fundo desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em 2019. De acordo com a ONG Observatório do Clima, desde então, R$ 2,9 bilhões para ações na Amazônia estão em caixa.

GEE
Sigla para gases de efeito estufa. O chamado “efeito estufa” ocorre quando determinados gases absorvem o calor da superfície do planeta e o irradia de volta para a terra, não permitindo a sua liberação no espaço. A presença dos GEE em concentrações acima do normal têm causado a elevação da temperatura terrestre e o aquecimento global. Os gases causadores do efeito estufa e as atividades humanas que os originam são: monóxido de carbono (CO), queimadas; dióxido de carbono (CO2), desmatamento, queimadas e queima de combustíveis; clorofluorcarbonos (CFC), sistemas de refrigeração; óxido nitroso (N2O), queima de combustíveis; dióxido de enxofre (SO2), queima do diesel, subproduto de termelétricas e da siderurgia; metano (CH4), subproduto da digestão de animais (flatulência de gado) e vulcões.

Logística reversa
Trata-se, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei 12.305/10), do “conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. Pela lei, os fabricantes, em virtude da toxicidade causada pelo descarte inadequado de alguns produtos, devem ser responsáveis pelo destino final desses itens. Os produtos cujos fabricantes devem empregar a logística reversa são: agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos.

Pegada de carbono
A pegada de carbono é uma medida usada para calcular o quanto de GEE (gases de efeito estufa) uma pessoa, atividade, evento, empresa ou governo emite na atmosfera. Para se calcular a pegada de carbono de algo ou alguém, os gases potencialmente emitidos por uma pessoa, empresa ou atividade são convertidos em CO2eq (dióxido de carbono equivalente). No site Carbon Footprint (https://www.carbonfootprint.com/calculator.aspx ) é possível descobrir suas emissões potenciais e estimar sua pegada de carbono.

Selo verde
Também chamado de eco-selo, é uma certificação de sustentabilidade criada para auxiliar o consumidor na sua decisão de compra, pois indica se uma empresa possui preocupação com o meio ambiente. Existem, por exemplo, certificações para indústrias que utilizam madeira obtida de maneira legal e não por meio de desmatamento. Há selos verdes também conferidos por municípios e estados a empresas ambientalmente corretas.

Títulos verdes
Os “green bonds” são títulos de renda fixa cuja finalidade é a captação de recursos para financiar projetos que causem impacto positivo no meio-ambiente, como energia renovável, eficiência energética, gestão do lixo e reflorestamento. Quando visam diminuir os impactos das mudanças climáticas são chamados de “climate bonds”.

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