Descrição de chapéu viagem

Maior navio do mundo tem coisas demais para ver em uma só visita, e essa é a ideia

Próxima saída do Symphony of the Seas será em junho, de Barcelona; preços partem de R$ 3.352

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Rafael Gregorio
Barcelona

Descrever a experiência de estar a bordo do Symphony of the Seas exige o uso de hipérboles.

Primeiro, pela profusão de atrações densamente concentradas no navio, construído pela Royal Caribbean International em Saint-Nazare, na França, para ser o maior do mundo —a viagem inaugural ocorreu em 7 de abril.

O clima é de badalação, com figurinos e pompa dignas de experiências nobiliárquicas.

Dezenas de lojas de produtos de todos os tipos, como em um shopping center? Claro.

Restaurantes de alta gastronomia, com culinária molecular? Sim.

Grifes como Johnny Rockets e Starbucks? Aham. 

Cassino, patinação no gelo, bar de jazz e espetáculos musicais para adultos e, para crianças, parques temáticos, tobogãs gigantes, tirolesa e carrossel? Sim, sim, sim!

Milhares de hóspedes —são 6.780, no limite, 93 a mais que o segundo maior cruzeiro, o Harmony of the Seas— atendidos por 2.200 funcionários mais sorridentes que aeromoças?

Pode apostar que sim.

Está tudo lá, com vista deslumbrante do mar das Baleares, no Mediterrâneo, pelas sacadas das cabines que, mesmo nas versões simples, são bem equipadas e confortáveis.

Claro que há opções exclusivas, como uma suíte com mais de 400 metros quadrados que têm até cinema e escorregador para levar os ocupantes da cama ao fervo.

Outra fonte de superlativos é a discrepância entre a oferta quase ilimitada de comida, bebida e diversão e a exígua duração da visita, restrita a sete dias —na versão a que a Folha teve acesso, dois dias e meio.

Mesmo com muita disposição, parece impossível conhecer mais do que um quinto do navio —e essa é uma previsão otimista.

Há 18 anos trabalhando com a Royal International, Ricardo Amaral, diretor-executivo da R11 Travel, distribuidora da Royal no Brasil, confirma essa percepção: “Você vai descer sem ter ido a todos os lugares. Eu mesmo não fiz metade”.

Segundo ele, a ideia é que cada passageiro faça suas próprias escolhas, pinçando entre as múltiplas possibilidades um roteiro único.

PARA O GOSTO TUPINIQUIM

Essa característica vai ao encontro das ambições da fabricante do Symphony a respeito do público brasileiro, que, segundo Amaral, gosta da comodidade proporcionada pelo navio: tudo em um só lugar.​

Ele espera que a nova embarcação ajude a popularizar os cruzeiros entre os brasileiros, rompendo inclusive a fronteira do preço.

“Na Europa, com tudo em euro, ou você fica num hotel velho, ou tem de pagar uma fortuna", argumenta Amaral. "Já em um navio", completa, "a coisa te transporta: você desfaz as malas uma vez só e vai direto pra curtição”.

Ele espera atingir público-alvo de milhões de pessoas no país: “Não é só para público AAA; o mesmo cara que vai para a Disney pode, sim, fazer um cruzeiro”.

As próximas saídas do Symphony são em junho (7 noites; a partir de R$ 3.352), de Barcelona, e em novembro (4 noites; a partir de R$ 3.485) e abril de 2019 (7 noites; a partir de R$ 2.799), de Miami.

O jornalista viajou a convite da R11 Travel e da Royal Caribbean

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