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03/12/2010 - 08h07

Militares fecham fronteiras e proíbem imprensa estrangeira na Costa do Marfim

DA BBC BRASIL

As Forças Armadas da Costa do Marfim fecharam as fronteiras do país e proibiram atividades da imprensa internacional nesta sexta-feira, em meio a tensões cada vez maiores em torno do segundo turno das eleições presidenciais, realizado no último domingo (28).

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A decisão dos militares foi tomada depois de a Corte Constitucional do país ter rejeitado a vitória do candidato da oposição, Alassane Ouattara. Simpatizantes do presidente Lauent Gbabo vinham contestando os resultados, afirmando que houve fraudes no norte do país -- região onde Ouatarra é extremamente popular.

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pediu aos dois lados do impasse que controlem suas reações.

"As fronteiras aéreas, terrestres e marítimas do país estão fechadas para todo movimento de pessoas e bens", disse o porta-voz das Forças Armadas do país, Babri Gohourou, afirmando que as fronteiras permanecerão fechadas por tempo indeterminado.

Momentos depois, os militares anunciaram "a suspensão imediata de todos os canais de notícias estrangeiros" no país, incluindo CNN, France24 e Radio France International (RFI)

O anúncio do resultado do segundo turno eleitoral vinha sendo adiado, aumentando a tensão.

DIVISÃO

Simpatizantes do presidente Gbagbo tentaram impedir a declaração de vitória do opositor, afirmando que houve várias denúncias e casos de fraude no norte, bastião eleitoral de Ouattara. A área também é controlada por ex-rebeldes.

O chefe da comissão eleitoral independente (IEC), Youssouf Bakayoko, disse que Ouattara venceu com 54% dos votos, comparados a 46% de Gbagbo.

Quase simultaneamente, o chefe do Conselho Constitucional, Paul Yao N'Dre, que é visto como alguém próximo a Gbagbo, disse que as declarações da comissão estavam sendo revogadas.

"Devido a divergências sobre o resultado em algumas regiões, a comissão eleitoral independente não pode dar resultados provisórios", disse N'Dre.

"O Conselho Constitucional --responsável por resolver impasses em eleições presidenciais-- está sob controle, para encontrar uma solução para as divergências, e proclamar os resultados eleitorais definitivos".

A eleição tinha como um de seus principais objetivos declarados reunificar o país, dividido em dois após uma guerra civil em 2002.

Em reunião a portas fechadas, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas apelaram para ambos os lados, pedindo que resolvessem suas divergências de forma pacífica.

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