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08/09/2010 - 20h40

Após caso de raiva humana, governo mantém vacinação de animais contra a doença

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JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

A confirmação do primeiro caso de raiva humana transmitida por cão neste ano no Brasil fez com que o Ministério da Saúde divulgasse uma nota nesta quarta-feira recomendando que a vacinação de cães e gatos contra a raiva seja mantida em todo o país. No entanto, o Estado de São Paulo --que suspendeu a imunização no dia 19 de agosto-- informou que mantém a recomendação de não vacinação dos animais.

Governo confirma no CE o primeiro caso de raiva humana deste ano no país
Após morte de animais, SP suspende vacina contra raiva em cães e gatos
Ministério confirma reações à vacina da raiva em animais
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O Ministério da Saúde informou que 79 mortes de animais foram notificadas ao órgão pelos Estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Norte desde que a campanha de vacinação teve início na primeira semana de junho. Em todos os casos, os animais começaram a manifestar reações adversas em até 72 horas após a vacinação. As mortes ainda estão sob investigação pelas Secretarias Estaduais, Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O governo diz que a taxa de letalidade em gatos é de 0,090 mortes a cada 1.000 felinos vacinados e de 0,037 óbitos a cada 1.000 cães vacinados. De acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica do ministério, o número está abaixo do esperado na literatura internacional para as duas espécies.

"Com base nas informações que temos disponíveis até o momento, não há evidências suficientes para interromper a campanha de vacinação antirrábica", afirmou o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, por meio de nota.

Segundo a Secretaria do Estado da Saúde, em Guarulhos (Grande São Paulo) e na cidade de São Paulo foram registrados sete casos de choque anafilático em animais vacinados, dos quais seis morreram, sendo quatro gatos e dois cães. Em Franca (a 400 km de SP), Araçatuba (a 527 km de SP) e em Sete Barras (a 203 km de SP) foram mais quatro mortes (dois gatos e dois cachorros).

O Estado também notificou 567 reações, sendo que 38% são consideradas eventos graves, como prostração, anorexia, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias.

O governo de São Paulo informou que a suspensão é uma medida preventiva até que o laudo com a causa da morte dos animais fique pronto, o que deve acontecer em cerca de 15 dias. As secretarias do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte não suspenderam a campanha de vacinação.

O ministério informou que 15 unidades da federação (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná) usam vacinas do mesmo laboratório, que é recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Nesses Estados, foram imunizados, até 4 de setembro, 1.313.028 animais. Nos 17 Estados, mais DF, que participam da campanha foram 1.377.921 animais vacinados. Em 2009, foram vacinados 23.303.282 cães e gatos no Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, a ocorrência de efeitos colaterais pode estar relacionada não apenas à vacina, mas também a fatores como a resposta individual de cada animal, o armazenamento e a administração do produto. Os sintomas de reações adversas a vacinas são variáveis, podendo surgir desde sinais leves, como dor e pequeno inchaço no local da aplicação, até manifestações como letargia, febre e sonolência horas após a vacinação.

RAIVA HUMANA

A raiva é transmitida ao ser humano por mordida, lambida ou arranhão de animais infectados, principalmente cães, gatos, morcegos e macacos (saguis). Para evitar a transmissão da doença, a recomendação é lavar bem o ferimento com água e sabão e procurar os serviços de saúde imediatamente. A raiva em humanos A mortalidade é próxima de 100%.

O ministério recomenda ainda a vacinação de cães e gatos como a principal maneira de evitar casos de raiva no homem, além do controle da circulação do vírus tipo 3 encontrado também nos morcegos hematófagos.

Em 2009, foram registrados dois casos de raiva humana no país transmitidos por cães e gatos, contra 52 na década de 90, conforme o governo federal.

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