A SAC (Sociedade Amigos da Cinemateca) completa 60 anos neste mês, e a festa será de gala. Uma mostra na Cinemateca Brasileira desta quinta-feira (30) até o dia 10 de julho vai exibir o clássico ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol' (1964), de Glauber Rocha, restaurado em 4k, além de longas que marcaram a inauguração de salas de cinema paulistanas administradas pela entidade ao longo dos anos. Todas as exibições serão gratuitas.
A mostra, intitulada ‘Espetáculo Polêmica Cultura’, homenageia um dos fundadores e primeiro presidente da sociedade, o publicitário e distribuidor de filmes Dante Ancona Lopez. Ele cunhou o termo ao estabelecer no Cine Coral, primeira sede da SAC, uma sala que oferecia filmes de arte. Atualmente, a entidade administra a Cinemateca, por meio de um contrato com o governo federal.
As exibições da Cinemateca seguem três eixos. O primeiro tem filmes brasileiros clássicos, entre eles ‘Deus e o Diabo’, ‘A Hora e a Vez de Augusto Matraga' (1965), de Roberto Santos, e ‘Garrincha, a Alegria do Povo’ (1962), de Joaquim Pedro de Andrade.
A apresentação do longa de Glauber Rocha, no dia 6 de julho, será muito especial. A cópia restaurada será exibida na área externa da Cinemateca, em uma grande tela. Antes, haverá um debate com os restauradores do longa.
O segundo compreende filmes trazidos por Ancona Lopez ao país e que ajudaram a formar o público das salas de arte de São Paulo. Entre as obras estão clássicos de Luis Buñuel, como ‘Anjo Exterminador’ (1962), e ‘Cinzas e Diamantes’ (1958), de Andrzej Wajda.
O último eixo é formado por obras que marcaram as inaugurações de salas com a programação administrada pela SAC. Entre elas está ‘A Paixão de Joana D’Arc’ (1928), de Carl Theodor Dreyer, que inaugurou a Sala Cinemateca em 1989, onde hoje funciona a Cinesala. Nos anos 1960, a entidade também foi responsável pela programação dos Cines Coral, Scala e Picolino, do auditório do Masp e do Belas Artes.
Serviço
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana
Entrada gratuita. Os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão
VEJA A PROGRAMAÇÃO
30 de junho
17h - ‘Garrincha, Alegria do Povo’, de Joaquim Pedro de Andrade
19h - ‘Mickey One’, de Arthur Penn
21h - ‘A Paixão de Joana D’Arc’, de Carl Theodor Dreyer
1º de julho
17h - ‘A Grande Cidade’ (1966), Cacá Diegues
19h - ‘Cinzas e Diamantes’ (1958), de Andrzej Wajda
21h - ‘A Ópera dos Pobres’ (1931), de Georg Wilhelm Pabst
2 de julho
18h - ‘O Momento da Verdade’ (1965), de Francesco Rossi
20h - ‘Faraó’ (1966), de Jerzy Kawalerowicz
3 de julho
16h - ‘A Hora e a Vez de Augusto Matraga’ (1965), de Roberto Santos
18h - ‘Todo Ouro do Mundo’ (1961), de René Clair
20h - ‘Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!’ (1966), de Norman Jewison
6 de julho
21h - ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’ (1964), de Glauber Rocha (área externa)
7 de julho
17h - ‘A Hora e a Vez de Augusto Matraga’ (1965), de Roberto Santos
19h - ‘O Anjo Exterminador’ (1962) de Luis Buñuel
21h - ‘Esses Maridos’ (1957), de Luigi Comencini
8 de julho
19h - ‘Os Subversivos’ (1967), de Paolo e Vittorio Taviani
21h - ‘Os Amantes de Florença’ (1954), de Carlo Lizzani
9 de julho
16h - ‘Os Cafajestes’ (1962), de Ruy Guerra
18h - ‘A Passageira’, (1963), de Andrzej Munk e Witold Lesiewicz
20h - ‘Harakiri’ (1962), de Masaki Kobayashi
10 de julho
16h - ‘Garrincha, Alegria do Povo’ (1962), de Joaquim Pedro de Andrade
18h - ‘O Crime na Aldeia Velha’ (1964), de Manuel Guimarães
20h - ‘A Paixão de Joana D’Arc’ (1928), de Carl Theodor Dreyer
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