Um cachorro caminha por uma escada suspensa a vários metros do chão e, ao final, olha por alguns segundos para baixo e salta em direção a um pano vermelho, sustentado por dois homens.
Essa era uma das atrações de um circo na cidade de Granja (CE), que foi notificado pela prefeitura.
Sancionada em outubro, a lei que estabelece a Política Estadual de Proteção e Defesa Animal proíbe o uso de animais em espetáculos que possam submetê-los a pânico ou estresse.
No sábado (11), uma equipe da Vigilância Sanitária se deslocou para notificar o circo e examinar o cachorro.
As cenas chamaram a atenção e ganharam destaque após serem compartilhadas pelo deputado federal Célio Studart (PV-CE), defensor da causa animal.
Em rede social, o deputado ameaçou ir à Justiça para pedir o fechamento do local. Depois, informou ter enviado uma equipe à cidade para acompanhar o caso e publicou um vídeo no qual a dona do circo aparece com um termo de responsabilidade e se compromete a não mais colocar o cachorro em seus números.
A mulher diz que não sabia da lei e pede desculpas à população. Afirma, ainda, que o animal não sofre maus-tratos.
A presença de animais em circos é polêmica e, embora países já proíbam o uso, no Brasil não há uma lei federal que regulamente a prática.
O debate sobre maus-tratos, porém, levou alguns estados a vetarem a presença de bichos em circo, entre eles São Paulo, Rio, Minas, Santa Catarina e Pernambuco.
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