Enquanto cães são os melhores amigos e a presença de gatinhos aumenta nos lares brasileiros, famílias optam também por outros tipos de animais de estimação.
Em Goiânia, o Centro Veterinário Seres, do Grupo Petz, afirma ter registrado no último ano internações de galo e galinha com frequência maior que nas outras unidades da rede —fato que chamou a atenção da equipe.
E, de acordo com a empresa, os veterinários notaram os goianos tendem mais a tratar a espécie como animal de estimação.
É o caso da galinha Cocó. Atacada por um cachorro, ela ficou paraplégica e passou 15 dias internada. Depois da alta, precisou fazer fisioterapia e acupuntura para voltar a ciscar. Até um tipo de andador especial foi providenciado para sua recuperação.
Segundo a rede, a tutora não desistiu do bem-estar de Cocó e manteve seu tratamento por meses. A galinha, porém, morreu na última semana de abril.
Internações de animais como a galinha podem passar de R$ 10 mil. No caso de Cocó, a tutora fez até uma rifa para bancar os gastos.
Para a equipe do centro veterinário, a aderência maior por galos e galinhas pelos goianos pode ser explicada também pelo fato de a região ter grande índice de escorpiões.
Mariana Pestelli, médica veterinária do Seres, explica que galináceos, diferentemente dos —psitacídeos como calopsitas e papagaios— não obedecem ou reconhecem o nome. Isso, porém, não interfere no amor pelo bichinho.
"As galinhas são espécies mais resistentes e que costumam viver fora de casa, no quintal. O relacionamento é um pouco diferente. Isso não quer dizer que não exista afeto por parte desses tutores. A maior parte deles tem um amor incondicional", afirma.
"As galinhas, por sua vez, tendem a ser mais mansas e carinhosas, criando também um afeto pelos tutores. Uma dessas nossas pacientes é de uma raça de galinha peluda, superdiferente e mais rara. Outro é um galo de reprodução que acabou ficando pet da casa também. A dinâmica é completamente diferente, a maioria vive no quintal de casa, só o amor que é o mesmo."
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