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Ministério da Justiça leiloa artigos de luxo da doleira Nelma Kodama

Lote tem bolsas, xales e lenço de marcas como Louis Vuitton, Chanel, Dolce & Gabbana, Christian Dior, Saint Laurent, Gucci, Prada e Valentino Garavani

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O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) abriu nesta sexta-feira (30) um leilão eletrônico de bolsas, lenços e xales de grifes de luxo apreendidos pela Polícia Federal. Os objetos eram da doleira Nelma Kodama, a primeira mulher presa pela Operação Lava Jato.

Os valores arrecadados serão destinados ao Funapol (Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal). O preço de mercado dos produtos está estimado em mais de R$ 440 mil. Os lances mínimos são de 75% do valor de avaliação e variam de R$ 547 a R$ 30 mil.

O lote tem 34 bolsas, dois xales e um lenço de marcas como Louis Vuitton, Chanel, Dolce & Gabbana, Christian Dior, Saint Laurent, Gucci, Prada e Valentino Garavani. Outro item disponível é uma caixa para o transporte de animais.

A PF apreendeu os artigos de luxo na Operação Descobrimento, feita em 2022 para desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de cocaína.

Os lances devem ser feitos até 13 de setembro O leilão pode ser acessado pelo portal do Leiloeiro Público Oficial. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem participar.

A venda dos produtos é feita pela Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos), do MJSP. O órgão é responsável pela gestão, em favor da União, dos ativos apreendidos e perdidos em decorrência do tráfico de drogas e de crimes conexos, para alienação.

A Diretoria da Gestão de Ativos organiza leilões de bens e repasse dos valores adquiridos aos fundos especificados legalmente. Entre eles, estão o Funapol, o FNSP (Fundo Nacional de Segurança Pública), o Funad (Fundo Nacional Antidrogas) e o Funpen (Fundo Penitenciário Nacional).

Na Lava Jato, Kodama integrou a lista dos primeiros presos da operação, em março de 2014. Ela foi condenada em outubro daquele ano pelos crimes de corrupção, evasão de divisas e organização criminosa. Depois de assinar acordo de delação premiada com as autoridades, a pena, que era de 18 anos, foi diminuída para no máximo 15 anos.

Em 2019 Kodama recebeu o benefício do indulto (quando o Estado declara não ter mais interesse em punição), obtido em decorrência de decreto natalino do então presidente Michel Temer, em 2017.

De pé, Nelma Kodama no evento de lançamento de seu livro "A Imperatriz da Lava Jato " em outubro de 2019
Nelma Kodama no evento de lançamento de seu livro "A Imperatriz da Lava Jato " em outubro de 2019 - Mathilde Missioneiro/Mathilde Missioneiro - 22.out.2019/Folhapress

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