Hoje vamos de volta às origens, coluna raiz, assunto culinária. Porque comecei esta bagaça falando de dicas de cozinha com uma pegada meio científica (herança do tempo em que trabalhei na revista Superinteressante), meio tentativa de desmontar a empáfia flácida que predomina na escrita de gastronomia.
Acabei de picar uma cebola enorme e percebi que não me arderam os olhos. Aliás, é muito raro eu chorar quando fatio cebola. Mais comum quando estou triste, menos quando os gases nefastos da cebola invadem minha cavidade craniana.
Isso acontece porque a bancada em que faço o preparo dos ingredientes, aqui em casa, fica colada a uma janela basculante que dá para o mundo.
Ventilação é absolutamente essencial se você não quer se intoxicar cortando cebola –e para tudo o que envolve a atividade culinária, por sinal. Choramos ao picar cebola porque compostos voláteis, nefastos e nojentos, infestam a atmosfera quando você rompe as células do vegetal. O vento joga essas tranqueiras para longe.
Caso a boa ventilação seja impossível na sua realidade (já estive em muitas cozinhas que pareciam a antessala do inferno), a solução para não lacrimejar está na temperatura.
O volátil é menos volátil no frio. Deixe a cebola gelada. Coloque-a no congelado uma ou duas horas antes de picar.
Sua vida vai ficar melhor.
De nada. Siga-me para mais dicas nos links aí embaixo. Mais tarde volto para irritar geral com assuntos que nada têm a ver com culinária.
(Siga e curta a Cozinha Bruta nas redes sociais. Acompanhe os posts do Instagram e do Twitter.)
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.