A decisão sobre a participação de risco na carteira de investimento deveria ser suportada por seu planejamento financeiro, pelo conhecimento adquirido por estudo, pelo patamar de preços do mercado e seu perfil de investidor. Na prática, o que ocorre é bem diferente. Isso é o que diz o trabalho dos pesquisadores Ulrike Malmendier e Stefan Nagel, publicado em 2009.
Em seu artigo Depression Babies: Do Macroeconomic Experiences Affect Risk-Taking?, eles descobriram que o fator que melhor explica a predisposição dos investidores em assumir risco está relacionada ao retorno do mercado experimentado durante suas vidas adultas.
A relação positiva entre os ganhos do mercado e a exposição a ações descrita pela linha vermelha acima expõe o principal resultado da pesquisa.
Os pesquisadores encontraram que os investidores que, durante sua vida adulta, vivenciaram um mercado de ações com altos retornos, tendem a ter maior participação de risco, ou seja, uma maior parcela de ações em seu portfólio.
De outra forma, aqueles que experimentaram um mercado de ações com baixos retornos, tendem a ser mais avessos ao risco e, portanto, menos expostos a ações na carteira.
Isso explica muito por que os jovens de hoje possuem maior apetite a risco.
Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor
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