De Grão em Grão

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De Grão em Grão - Michael Viriato
Michael Viriato

Se você está comprado em bolsa americana, precisa ver esta análise

Após desvalorizações de mais de 20%, o passado diz que a paciência costuma ser lucrativa

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As últimas 24 semanas não foram nada agradáveis para quem está investido na bolsa americana. Desde 3 de janeiro, quando o índice S&P 500 atingiu sua máxima, ele já caiu mais de 20%. Neste momento, muitos investidores se questionam se a melhor decisão é "pular fora" ou "trincar os dentes" e ter paciência. Coloco abaixo algumas estatísticas para te ajudar a decidir.

Em bolsa, ganha dinheiro quem compra na baixa e vende na alta. REUTERS/Brendan McDermid ORG XMIT: PPP - NYK503 - REUTERS

Desvalorizações de mais de 20% não são frequentes.

Usando dados semanais desde 1950, o S&P500 esteve em queda de mais de 20% de seu pico em 16% do total de semanas.

Se você investiu no índice em todas as semanas em que ele apresentava queda de mais de 20% de seu pico, na média, você ganhou 24% nos dois anos subsequentes.

Parece bom?

Não é à toa que você já deve ter ouvido o dito popular: em bolsa, ganha dinheiro quem compra na baixa e vende na alta.

De fato, em uma das ocasiões em que o S&P500 caiu mais de 20% no passado, o investidor que aproveitou a queda embolsou um lucro de mais de 90% nos 24 meses seguintes.

No entanto, é preciso lembrar que a valorização média de 24% é uma estatística formada por amostras positivas e negativas.

Ocorreram momentos em que o investimento, mesmo depois da queda, não se mostrou favorável.

No pior caso, quem investiu depois de uma queda de mais de 20%, amargou uma desvalorização de mais 28% nos dois anos seguintes. Logo, não quer dizer que não possa se desvalorizar mais ou que não possa ficar muito tempo sem ganhar.

Mas, o investidor que aplicou depois da queda e manteve seu investimento por dois anos teve resultado negativo em apenas 8% dos casos.

Portanto, na grande maioria das vezes, o investimento depois de uma queda desta magnitude se mostrou favorável para horizontes de dois anos de aplicação.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor

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