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Menos de 40% dos tutores levam gatos para consultas veterinárias periódicas, mostra pesquisa

Levantamento foi encomendado pela Royal Canin e realizado pelo IBPAD

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Um gato de pelagem creme e marrom é examinado por um médico veterinário e um assistente em cima de um balcão
Gato é atendido em clínica veterinária na China - Chen Zhonghao/Xinhua
São Paulo

Uma pesquisa encomendada pela marca de ração Royal Canin e realizada pelo IBPAD (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados) mostrou que menos de 40% dos tutores levam seus gatos para consultas veterinárias periódicas.

O levantamento foi feito com veterinários e com 1.011 donos de bichanos das cinco regiões do Brasil. O objetivo é conscientizar sobre a importância dos cuidados preventivos com a saúde dos felinos, estimulando visitas periódicas para acompanhamento.

De acordo com os profissionais ouvidos, grande parte das doenças graves pode ser evitada se diagnosticada no início e a maioria dos gatos que chegam aos consultórios com enfermidades avançadas não costumam passar por consultas periódicas de acompanhamento e prevenção.

O estudo revelou também que, para 80% dos tutores, os valores altos das consultas e exames são a maior dificuldade para levar os gatos ao médico-veterinário, seguida de desconforto do gato na caixa de transporte (52%), não ter acesso a uma clínica especializada em felinos (37%) e falta de tempo (27%).

A frequência mínima recomendada para checkups de felinos adultos saudáveis, ou seja, sem doenças prévias, é de uma vez ao ano, explica Natália Lopes, médica-veterinária, gerente de comunicação e assuntos científicos na Royal Canin Brasil.

"Para filhotes e animais idosos, a recomendação mínima é a cada seis meses. Para protocolo de vacinação e acompanhamento do crescimento nos filhotes, e acompanhamento de condições crônicas, essa frequência pode ainda aumentar, de acordo com a recomendação do médico-veterinário", ressalta Lopes.

A AAFP (American Association of Feline Practitioners), associação americana de clínicos de felinos, considera que a partir dos 7 anos o animal é considerado um adulto maduro e, a partir dos 10 anos, entra na fase senil.

"É importante que o médico-veterinário oriente o tutor a notar alterações sutis que possam aparecer em seus gatos. Além disso, a avaliação de rotina facilita a manutenção da saúde e a detecção precoce de doenças. Isso pode impactar tanto em termos de custos de tratamento quanto na qualidade de vida e prognóstico para doenças diagnosticadas", afirma Lopes.

A pesquisa também revelou que 40% dos tutores levam o gato ao veterinário apenas em situações de emergência ou urgência. Os principais tipos de urgência que levaram a consultas veterinária são acidentes, alergias e doenças de pele, envenenamento ou intoxicações, ingestão de materiais ou produtos estranhos e doenças renais.

"A saúde preventiva dos felinos é um tema prioritário para a Royal Canin em todo o mundo e é importante entendermos as particularidades de cada país para abordarmos o assunto de forma cuidadosa, sempre com o objetivo de levar informação e conscientizar os tutores", explica Carlos Martella, diretor de marketing da Royal Canin Brasil.

"Sabemos que gastos com tratamentos podem ser mais difíceis de organizar dentro do orçamento familiar, além de exigirem tempo e dedicação. Por isso a prevenção é sempre o melhor caminho", completa o executivo.

Veja os destaques da pesquisa por temas.

Gatos no veterinário

  • 58% dos tutores levam seus gatos ao médico-veterinário apenas uma vez ou até menos vezes ao ano
  • 72% dos tutores costumam levar seus gatos a clínicas veterinárias para consulta, enquanto 20% preferem o atendimento domiciliar
  • Dos que levam a clínicas, apenas 6% costumam levar seu gato a um médico-veterinário especializado em felinos, nas chamadas clínicas cat friendly
  • Para 80% dos tutores, os valores altos das consultas e exames são a maior dificuldade para levar os gatos ao médico-veterinário, seguida de desconforto do gato na caixa de transporte (52%), não ter acesso a uma clínica especializada em gato (37%) e falta de tempo (27%)
  • 12% dos tutores afirmam que aumentaram o investimento na ida ao médico-veterinário nos últimos dois anos, 62% mantiveram o mesmo gasto e 20% diminuíram
  • 40% dos tutores levam seu gato ao médico-veterinário apenas em situações de emergência ou urgência
  • Principais tipos de urgência que fizeram os tutores levar o gato ao médico-veterinário: (1) acidentes, (2) alergias e doenças de pele, (3) envenenamento ou intoxicações, (4) ingestão de materiais ou produtos estranhos, (5) doenças renais

O que os veterinários dizem

  • Os médicos-veterinários apontam dificuldade em convencer parte dos tutores a investir na qualidade da alimentação como forma de prevenir doenças
  • Entretanto, 7 a cada 10 tutores pagariam mais do que pagam hoje para oferecer alimentação mais adequada ao seu gato e 58% afirmam que aumentaram o investimento em alimentação nos últimos dois anos
  • Para os médicos-veterinários, prevenção é: (1) nutrição e hidratação adequadas, (2) atenção às alterações no comportamento dos gatos, (3) consultas periódicas (incluindo vacinação e vermifugação), (4) ambiente adequado e seguro
  • Cuidados com o bem-estar também são fundamentais, segundo os profissionais: (1) garantir o modelo, quantidade e tamanho adequado de comedouros, bebedouros, caixas de areia e itens para descanso; (2) garantir a segurança do gato em ambiente controlado, utilizando telas de proteção em casa e impedindo o acesso à rua; (3) garantir o bem-estar emocional por meio de enriquecimento ambiental, treinamentos e momentos de conexão com o animal; (4) acesso à área de iluminação natural e ventilação, sempre com a segurança do ambiente interno
  • Higienização por banhos ainda divide opiniões: a maioria dos especialistas deixou de aconselhar

Perfil dos tutores de gatos

  • 72% possuem um ou dois gatos
  • 75% cuidam sozinho ou dividem a responsabilidade com uma pessoa
  • 93% consideram os gatos parte da família
  • 55% consideram cuidar de gatos mais fácil do que de outros animais
  • 92% dos tutores avaliam positivamente seus cuidados com os gatos, mas apenas metade fez adaptações em casa para receber os pets: 38% colocaram telas de proteção em portas e janelas, 25% adquiriram objetos específicos para gatos, como arranhadores, e 10% deixaram de ter alguma planta que poderia ser tóxica

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